Celpa explica razões dos cortes de energia
Consumidores, órgãos de regulação, parlamentares e dirigentes da rede Celpa debateram a melhoria do fornecimento de energia elétrica na Grande Belém e região metropolitana. Cerca de 20 comunidades e entidades vinculadas à luta pelos direitos do consumidor participaram da audiência pública realizada, ontem à tarde, na Câmara Municipal de Belém (CMB). O deputado federal Arnaldo Jordy (PPS), idealizador da reunião, diz que se os problemas apontados não forem resolvidos vai entrar com ação civil pública no Ministério Público Federal contra a concessionária de distribuição de energia no Estado.
O evento foi promovido pela Comissão de Minas e Energia, da Câmara Federal, a pedido do parlamentar. Jordy diz que, somente nos últimos quatro, meses recebeu 190 denúncias de interrupção de energia. "Temos que buscar solução para essas interrupções que tem causado inúmeros prejuízos,comprometendo segmentos importantes para o crescimento nossa economia", comentou o deputado. Ele mencionou que as cobranças continuarão sendo feitas e se não forem atendidas deve entrar com ação civil pública para que a Celpa ofereça um serviço de qualidade.
O vereador Carlos Augusto Barbosa (Dem), presidente da Comissão de Legislação Participativa da CMB, ouviu as queixas dos mais de 300 moradores de comunidades carentes que participaram do evento e promete fazer um relatório detalhado de todas as denúncias e reclamações levantadas a fim de enviá-lo ao Grupo Executivo de Proteção ao Direito do Consumidor (Procon). "Aqui as reclamação são principalmente sobre atendimento, fornecimento precário, regularização de áreas que ainda não tem ligação regular da Celpa e também preço de tarifas e os "olhões", que continuam sendo um problema quando o assunto é medição do que é consumido", diz ele.
Outro problema lembrado na audiência foi os tributos que aumentam sobremaneira a conta de energia elétrica. Carlos Augusto destacou que 28% do total que se paga pela energia corresponde a impostos. Leandro Borges, usuário presente na reunião, afirmou que é obrigação dos parlamentares federais lutar pela redução do PIS/Cofis da energia elétrica e cobrar que os tributos cobrados sejam, efetivamente, aplicados em educação, saúde e segurança. "É isso que queremos com cidadãos: tarifas mais baixas e nosso imposto aplicado corretamente", destacou.
INVESTIMENTO
O superintendente da Celpa, Fredy Pinho, justificou que as interrupções do fornecimento, uma das principais queixas, estão ligadas à série de mudanças feitas no sistema para melhorar a qualidade de distribuição em Belém e em todo o Estado. Segundo o dirigente da concessionária, estão sendo investidos desde 2009 R$ 460 milhões na ampliação e manutenção da rede, dos quais R$ 185 já foram aplicados até o momento e R$ 275 milhões estão previstos para serem gastos até 2012. "Pedimos compreensão da população porque estamos trabalhando e investindo para melhorar o serviço. Quando há interrupção não significa que o sistema é ruim, mas que precisamos suspender o fornecimento para fazer o que é necessário como melhoria", diz ele.
Fredy também respondeu aos pedidos de regularização em áreas de ocupação na Grande Belém. Ele comenta que é preciso cautela ao fazer ligações nessas áreas para não cometer irregularidades. "É avaliar caso a caso. Não podemos cometer nenhum tipo de ato ilegal e acabar por legitimar ações de invasão de propriedades", pondera o superintendente, que reitera que os pedidos de ligações das comunidades estão sendo analisados cuidadosamente e atendidos na medida do possível. Estiveram presentes também na audiência representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o deputado federal Wladimir Costa (PMDB).
Publicado originalmente em http://trunc.it/hk89h
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