Do Portal MSN
O jornalista Jamil Chade, do O Estado de S.Paulo, revelou nesta sexta-feira que a Câmara dos Deputados convocou para uma audiência pública CBF, Ministério Público Federal, AND-BANK, Receita Federal e Ricardo Teixeira para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de desvio de dinheiro de parte dos pagamentos de amistosos da seleção para contas em paraísos fiscais.
O próprio diário publicou, nos últimos meses, matérias que garantem que parte do cachê de partidas realizadas pelo Brasil desde novembro de 2006 foi direcionada a contas dos Estados Unidos registradas em nome de Sandro Rosell, atual presidente do Barcelona e representante da Uptrend Development.
O pagamento era feito pela ISE, que tem sede nas Ilhas Cayman e negociou com Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, os direitos sobre os amistosos da seleção até 2022.
O dinheiro, porém, era depositado no banco AND-BANK em Andorra, um paraíso fiscal europeu que permite o sigilo de contas bancárias e seu proprietários.
"Novas denúncias veiculadas pelo jornal Estado de São Paulo revelam um esquema de lavagem de dinheiro a partir de receitas oriundas de jogos e patrocínios da Seleção Brasileira de Futebol, no qual um terço das cotas de 24 jogos da Seleção Brasileira desde novembro de 2006 era direcionado para a Uptrend Development, empresa com sede nos Estados Unidos e comandada pelo atual presidente do Barcelona, Sandro Rosell. Sandro Rosell é amigo pessoal do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira, que à época, dirigia a organização que organiza o esporte no país", aponta o requerimento mostrado por Jamil Chade e de autoria do deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA).
"É igualmente preocupante que, depois de tantos escândalos nos quais o papel de protagonista é invariavelmente exercido por dirigentes pouco escrupulosos, os negócios da CBF e da Seleção continuem envolvidos em suspeitas. O país que está investindo tão pesadamente para realizar uma Copa do Mundo, deve contribuir para melhorar e não piorar sua imagem pública e não pode tolerar que a paixão nacional pelo futebol seja confundida com corrupção. O mínimo que se espera na véspera do certame a ser sediado pelo Brasil é que a denúncia seja apurada com celeridade e transparência", declarou.
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