O deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA) disse nesta terça-feira (24) que a prisão do pecuarista José Carlos Bumlai, efetuada pela Polícia Federal, mostra que a CPI do BNDES tem muito ainda o que investigar em relação aos empréstimos concedidos pelo banco de fomento.
Os contratos de empréstimo do BNDES com empresas de Bumlai estão no alvo da nova fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta terça. Policiais federais estiveram na sede do banco e intimaram a presidência a entregar cópias dos contratos e seus processos de aprovação, realizados entre 2005 e 2012.
Serão investigados três empréstimos a duas empresas do pecuarista, que é amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: São Fernando Açúcar e Álcool e São Fernando Energia, que somam R$ 518 milhões.
“Esta prisão afasta qualquer ilação feita por alguns aqui que não quiseram a convocação do senhor Bumlai. Alguns queriam dizer que era um requerimento gracioso, somente para satanizar o ex-presidente Lula e o próprio governo. A meu ver, esta prisão tem razão de ser à luz das investigações do Judiciário”, afirmou o parlamentar durante reunião do colegiado.
José Carlos Bumlai foi preso em Brasília, horas antes de ter que prestar depoimento à CPI do BNDES. A oitiva foi fruto de um requerimento de autoria de Arnaldo Jordy.
O juiz Sérgio Moro, responsável pelo mandado de prisão do pecuarista, chegou a se desculpar pelas circunstâncias da detenção de Bumlai e autorizou a ida do convocado à comissão parlamentar de inquérito na próxima terça-feira (1).
Jordy sugeriu ao presidente da comissão, deputado Marcos Rotta (PMDB/AM), que marque uma audiência entre os membros do colegiado e o juiz Moro para tratar das denúncias que se referem ao BNDES. O deputado do PPS também quer um encontro com o procurador geral da República, Rodrigo Janot, para também discutir o tema.
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