“A casa de Eduardo Cunha caiu”. A frase é do vice-líder do PPS na Câmara, deputado Arnaldo Jordy (PA), para quem o presidente da Casa é um “déspota em declínio”. O parlamentar paraense avaliou que a manobra de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para atrapalhar o andamento dos trabalhos no Conselho de Ética foi um tiro no pé.
“Hoje o senhor Eduardo Cunha tentou sabotar a reunião do Conselho impedindo, inclusive, de liberar espaço físico para que seus membros pudessem deliberar. Não satisfeito com isto, resolveu fazer a mais longa sessão deliberativa de quinta-feira do parlamento, ou seja, um déspota que acha que os deputados e instituições da República são seus vassalos, mas isto não se consagrou”, afirmou o deputado do PPS.
Na avaliação do Arnaldo Jordy, o esvaziamento do plenário da Casa que foi promovido por deputados de nove partidos políticos (PMDB, PSol, Rede, PPS, DEM, PT, PSDB, PRB e PCdoB) é um ato histórico. Revoltados com a decisão do presidente em exercício da Câmara, Felipe Bornier (PSD/RJ), que minutos antes havia cancelado a sessão do Conselho de Ética, deputados passaram a deixar o plenário da Casa aos gritos de “vergonha!” e “fora, Cunha!”.
O presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD/BA), chamou os parlamentares a se reunirem no plenário 9, para, assim que encerrada a ordem do dia, se iniciasse a sessão do colegiado destinada à leitura do relatório do deputado Fausto Pinato (PRB/SP) sobre a continuidade do processo de cassação de Cunha.
“Este 19 de novembro entra para história do país, entra para a história do parlamento, onde surge o grito de liberdade, a carta de alforria diante de um presidente déspota que faz tudo para favorecer seus mandatos e seus negócios”, finalizou o parlamentar paraense.
Linha de Frente
O PPS foi o primeiro partido a pedir a saída de Eduardo Cunha. Jordy foi autor de uma representação formal protocolada contra o Cunha na Corregedoria da Câmara, assim que seu nome começou a ser citado em delações da Operação Lava Jato e em investigações conduzidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O documento, assinado por 35 parlamentares de seis legendas, pede que a Câmara abra uma sindicância e apure a quebra de decoro.
Com informações do Portal PPS
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