Do Portal PPS
Autor do pedido de convocação que levou Eike Batista a depor na CPI do BNDES, o deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA) afirmou hoje (17) que o empresário teria sido a maior fraude comercial que o país já teve.
Foi durante a oitiva daquele que já foi considerado o 8º homem mais rico do planeta. Hoje não detém o controle de uma única empresa sequer. O ex-grupo empresarial de Eike tomou empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento e Econômico que chegaram a R$ 10 bilhões.
“Suas respostas não me convencem. Em uma determinada época, o senhor virou o maior garoto-propaganda do empreendedorismo do Brasil e, de repente, desmoronou. Do nada, despencou. O senhor fica parecendo como a maior fraude do brasil. O senhor de desfez de tudo. O senhor vem aqui que não sabia de nada e que tudo foi certinho, tudo bacana”, reagiu Jordy, às respostas vazias do depoente.
Jordy chegou a questionar Eike se o BNDES teve conhecimento dos desvios de finalidade praticados pelas empresas dele, ao usar dinheiro do financiamento obtido no banco em projetos diversos daqueles informados para a obtenção do crédito.
“O senhor mentiu para o BNDES: O banco fiscalizou como estes recursos eram usados? O senhor fraudou?“, perguntou o parlamentar ao ex-dono das empresas X.
Eike negou que tivesse cometido irregularidades neste sentido.
Bumlai
O deputado Arnaldo Jordy também quis saber das relações entre Eike Batista e o empresário José Carlos Bumlai. Em delação feita a investigadores da operação Lava Jato, o lobista Fernando Baiano afirmou que o ex-presidente Lula se reuniu pelo menos duas vezes com Bumlai e com João Carlos Ferraz, então presidente da Sete Brasil – companhia criada pela Petrobrás para construção de um pacote de 28 navios-sondas com conteúdo nacional -, para tratar de negócios intermediados por ele, em nome do grupo OSX – do empresário Eike Batista.
“Qual a sua relação com o senhor Bumlai? Quanto pagou de comissão para a construção de navios-sonda?”, perguntou o parlamentar do PPS.
Eike Batista disse que havia se encontrado por pelo menos duas vezes com o pecuarista amigo de Lula, mas que “nunca pagou nada a ele”
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