sexta-feira, 12 de agosto de 2011

CPI do Tráfico Humano, solicitada pelo PPS, pode ser instalada

Do Portal PPS
Por William Passos

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), proposta pelo deputado federal Arnaldo Jordy (PPS/PA) para apurar o tráfico de pessoas no país, deve ser instalada até o final deste mês, na Câmara. A informação foi prestada ao parlamentar pelo presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT/RS), durante encontro dos dois em Brasília. 

“O assunto é grave e, desta forma, entendemos que a instalação de uma CPI constitui instrumento fundamental para investigar as denúncias relatadas, trazendo uma resposta à sociedade sobre o tráfico internacional de pessoas”, afirmou Jordy.
Ele espera que a Comissão sirva não somente para apurar as causas do tráfico, mas também possa produzir propostas para a prevenção e fiscalização dessa forma de ilícito e de violação de direitos humanos.

“Estamos aguardando apenas a autorização da mesa da casa para a instalação da Comissão e início dos trabalhos”, reforçou o deputado, que conseguiu a  assinatura de mais de 180 parlamentares para a abertura da CPI.

Paraíso do crime

Pesquisas encomendadas pela Organização dos Estados Americanos (OEA) apontam a existência de mais de 240 rotas de tráfico interno e internacional de crianças, adolescentes e mulheres brasileiras. Outro estudo feito pela Universidade de Brasília (UNB) indicou foco de tráfico de pessoas em 930 cidades do Brasil tendo como principais destinos a Europa. Apontado como uma das atividades criminosas mais lucrativas do mundo, o tráfico de pessoas faz cerca de quatro milhões de vítimas, movimentando aproximadamente 32 bilhões de dólares, segundo dados da ONU.

O Pará recentemente ganhou as manchetes nacionais quando a polícia civil de São Paulo desmantelou uma rede de tráficos de pessoas para exploração sexual. A polícia encontrou duas pensões que abrigavam mais de 70 travestis, entre eles, seis adolescentes. A maioria das supostas vítimas era proveniente da região Norte, mais especificamente do Pará. 

 “É preciso que se combata com seriedade estas redes de exploração, em que pessoas inescrupulosas são capazes de negociarem seus semelhantes apenas para auferir benefícios financeiros”, disse Jordy.

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