quarta-feira, 15 de março de 2017

PPS votará contra anistia a “caixa dois”, diz Arnaldo Jordy

 
  
O líder do PPS na Câmara dos Deputado, Arnaldo Jordy (PA), declarou nesta quarta-feira (15) que a bancada do seu partido votará contra qualquer tipo de anistia, de forma a não penalizar aqueles que receberam recursos financeiros não registrados oficialmente em campanha eleitoral.
  
De acordo com a imprensa, o Congresso Nacional se movimenta no sentido de articular uma proposta que anistie o crime de caixa dois.
  
Para Jordy, haverá um equívoco enorme do Legislativo Federal caso ele venha patrocinar um texto neste sentido, o que deixará a sociedade atônita e como uma única convicção: a regra só servirá para livrar aqueles que estão enrolados com a operação Lava Jato.
  
“Anistiar o caixa dois é oportunismo puro. É afrontar a população brasileira que aplaude as operações contra a corrupção e, aí se inclui o crime de caixa dois. E articular uma medida assim neste momento é uma forma de acabar com a Lava Jato, principalmente, num instante em que o Brasil está prestes a conhecer o teor da nova avalanche de delações de executivos da Odebrecht. O PPS não participará, eventualmente se houver, de qualquer acordo com este objetivo”, adiantou o líder do PPS.
  
Segundo o deputado do PPS, a legislação em vigor é muito clara ao tratar do caixa dois de campanha e, para ele, o crime, por natureza, está conexo com diversos outros ilícitos penais.
  
“Alguns tentam sustentar a tese de que nem todo dinheiro para campanha arrecadado de forma não oficial é oriundo da corrupção ou de outros crimes. E se é recurso lícito, por que não se contabilizou na Justiça Eleitoral? Não existe caixa dois limpo”, destacou Arnaldo Jordy.
  
O líder do PPS elogiou ainda a postura adotada pelo presidente da República que anunciou recentemente que afastará integrantes do seu governo que, eventualmente, se torne réu a partir de processos resultantes da investigação da operação Lava Jato.
  
“São medidas como esta do presidente Michel Temer que colaboram para acabar com a impunidade neste país e não ações como aquelas registradas pelos nossos jornais sobre mais uma tentativa de manobra no Parlamento”, finalizou.
   
  
Foto: Robson Gonçalves
  
  

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