sexta-feira, 17 de março de 2017

Líder do PPS diz que investigações sobre frigoríficos podem evoluir para uma CPI

  
     
O líder do PPS na Câmara dos Deputados, Arnaldo Jordy (PA), afirmou nesta sexta-feira (17) que acompanhará de perto os desdobramentos da operação “Carne Fraca”, deflagrada pela Polícia Federal, que investiga o pagamento de suborno a fiscais agropecuários, mas que o caso pode evoluir para um pedido de abertura de CPI no Congresso Nacional.
   
“O Brasil acompanha, com perplexidade, o desencadeamento de uma operação policial para combater a corrupção e desta vez com a gravidade de que o suborno servia para acobertar fraudes contra o consumidor. E uma empresa que é alvo da Polícia Federal, a JBS, novamente aparece no meio do esquema. Vamos acompanhar o desenrolar das investigações, mas o caso pode resultar em um pedido de criação de uma comissão parlamentar de inquérito”, disse.
   
Jordy foi membro da CPI do BNDES que funcionou até fevereiro de 2016 na Câmara e também foi autor de um pedido de convocação para ouvir os executivos do grupo frigorífico JBS/Friboi no colegiado. O parlamentar lembra que a empresa contou, na época, com forte blindagem do PT e PMDB. O requerimento de oitiva dos empresários foi rejeitado por 15 votos a 9.
   
“Houve um acordo entre o PT e o senhor Eduardo Cunha (presidente da Câmara à época) na CPI para que os irmãos Wesley e Joesley não fossem convocados para explicar denúncias de suposto favorecimento aos empresários na obtenção de empréstimos milionários que foram concedidos pelo BNDES”, relatou o líder do PPS.
   
A Operação “Carne Fraca” da Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira, executivos das gigantes do setor de carnes JBS e BRF. Segundo a corporação, é a maior operação da história da PF. Já fpo determinado o bloqueio de até R$ 1 bi em contas de 46 investigados.
  
  
Foto: Robson Gonçalves
  
  

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