Do Portal PPS
Vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, o deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA) disse nesta quarta-feira (20) que o documento aprovado na Conferência Nacional das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável é pouco audacioso porque não contém metas, nem prazos para as questões ali contidas.
Jordy participou, ao lado do líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno, de diversos debates e da abertura do evento com a presença dos chefes de Estado, que ocorreram no Riocentro, na cidade do Rio de Janeiro.
Segundo Jordy, o documento deixa a desejar, já que é apenas um protocolo de intenções e não avançou ao não estabelecer objetivos concretos. “Enquanto espaço global de sensibilização da opinião pública para mudanças de comportamento a Rio +20 foi muito produtiva, agora o documento em si ficou muito a dever porque, primeiro, não define metas. Além disso, é um documento muito tímido e não estabelece nenhum tipo de financiamento para ações de desenvolvimento sustentável”, criticou ele.
O parlamentar refere-se à não criação de uma taxa mundial para financiar projetos na área da sustentabilidade, conforme se cogitou antes do início das discussões no Rio.
Ainda na opinião do deputado do PPS, o documento não traz novidades sobre a preservação da Amazônia. Para ele, o Brasil, que é o anfitrião do evento, deveria ser o protagonista de ações que fossem estabelecidas no protocolo produzido.
Consciência humana
Se por um lado, os governos de países reunidos na Rio+20 não produziram metas objetivas, por outro, fóruns como estes podem produzir um aumento da conscientização das pessoas sobre a necessidade de desenvolver suas cidades com preservação.
“A contaminação, no bom sentido, de pessoas que despertam para a necessidade de novas formas de produzir e de viver com sustentabilidade, talvez, tenha sido o principal ponto positivo da Conferência. Grupos da sociedade como engenheiros, arquitetos podem daqui para frente mudar práticas e colaborar com ações para um planeta mais saudável”, encerrou Arnaldo Jordy.
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