terça-feira, 28 de abril de 2015

Jordy quer informações do escândalo do HSBC


Brasília/DF – O deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA) deu entrada em requerimento na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara Federal, com o objetivo de debater e esclarecer sobre o recente escândalo mundial do banco HSBC Bank, que ficou sendo popularmente conhecido como Swiss Leaks e que envolve correntistas brasileiros, alguns sob suspeita de evasão de divisas e sonegação fiscal.
  
O parlamentar quer que compareçam à comissão, o Secretário da Receita Federal, Jorge Deher Rachid e o presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF para que forneçam informações ao colegiado sobre um dos maiores escândalos financeiros do mundo, envolvendo a filial suíça do HSBC Bank e suas interligações no país.
  
Segundo o requerimento, os dados foram obtidos do HSBC suíço por um ex-funcionário, Hervé Falciani, que os entregou para o governo francês em 2008, e referem-se a contas existentes nos anos de 2006 e 2007. A informação divulgada diz respeito a contas somadas no valor de mais de US$ 100 bilhões, englobando 106 mil clientes distribuído entre 203 países.
  
A França começou a investigar concidadãos que estavam na lista e poderiam, eventualmente, ter sonegado impostos e cometido outros crimes financeiros. A partir de 2010, o governo francês colocou a lista à disposição de outros países.
  
A ICIJ (International Consortium of Investigative Journalists), uma organização não governamental de jornalismo investigativo, formou uma equipe de 140 jornalistas em 45 países, para analisar os dados e divulgar casos de interesse público, identificando 8.667 clientes brasileiros na lista, responsáveis por 6.606 contas (muitos compartilhavam as contas). Havia cerca de US$ 7 bilhões depositados nelas. O Brasil ocupa a quinta posição, em número de clientes envolvidos, e a nona posição, em valor, no Swiss Leaks.
  
De acordo com Arnaldo Jordy, pelo menos 11 pessoas ligadas, de algum modo, à Operação Lava Jato, como o de Pedro José Barusco Filho, o ex-gerente da Petrobras, Raul Henrique Srour, suspeito de integrar o grupo do doleiro Alberto Youssef e integrantes da família Queiroz Galvão aparecem na lista do Swiss Leaks. “Essas pessoas teriam, em 2006 e 2007, depósitos de US$ 110,5 milhões no HSBC da Suíça”, afirmou o parlamentar.
  
O deputado paraense conclui afirmando que as investigações são “uma verdadeira viagem ao coração da fraude fiscal e artifícios utilizados para dissimular dinheiro não declarado”, motivo pelo qual os levaram a apresentar o requerimento.
  
  
Assessoria de Comunicação
Gabinete Dep. Arnaldo Jordy
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