quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Investimentos em educação no Marajó foi tema de discussão da bancada do Pará no MEC

 
 
Brasília/DF – Lideranças, prefeitos, secretários e parlamentares da bancada do Pará estiveram em audiência nesta quarta-feira (18) no Ministério da Educação, para discutir investimentos na área que possam melhorar os índices de desenvolvimento do arquipélago do Marajó, localizado na foz do rio Amazonas e que possui uma área de aproximadamente 40.100 km².
 
Municípios do Marajó são apresentados constantemente nas listagens divulgadas pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNDU, no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que mede o nível de desenvolvimento das regiões do país com base nos dados do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, utilizando como critérios indicadores de educação (alfabetização e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per capita).
 
Segundo o deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA), que propôs a reunião no ministério, dos 16 municípios do Marajó, oito estão entre os 20 menores IDHs do país. “No município de Melgaço, apresentado este ano como pior IDH do Brasil, metade da população de 25 mil habitantes é analfabeta, ou seja, nunca se sentou em um banco de escola, sendo que 78% vivem em áreas rurais, o que dificulta ainda mais o acesso dos moradores à educação”, lamentou o parlamentar.
 
Ricardo Fialho, representante do Movimento Marajó Forte, que luta por melhorias no arquipélago, apresentou números da realidade da região, o que esclarece o porque de apresentar um dos piores IDH do Brasil: 130 mil alunos estão matriculados na faixa de ensino que vai da 1ª a 8ª série, sendo que este número cai abruptamente para 16 mil alunos no ensino médio (cujas escolas estão apenas nas sedes dos municípios), e apenas 1 mil alunos tem a chance de cursar algum ensino técnico/profissional.
   
Uma das principais reivindicações dos presentes na reunião foi a criação da Universidade do Marajó, como forma de dirimir o déficit histórico e suprir a demanda em educação profissionalizante no arquipélago. Porém, de acordo com declarações da presidente Dilma Rousseff as universidades planejadas pelo governo já estão sendo criadas e não haveria como criar outras mais. Uma alternativa apresentada, seria o fortalecimento da Universidade Federal do Pará, que já conta com campus nos municípios de Breves e Soure. De acordo com afirmação do deputado Jordy, estudos para que 10 novos cursos sejam levados para estes campus demandariam investimentos da ordem de 1 milhão e 600 mil reais até 2016.
   
Os parlamentares chamaram ainda a atenção para a não execução do Plano Marajó, lançado pelo ex-presidente Lula em 2007, no qual estavam previstos inclusive investimentos em educação, que não foram concretizados e sugeriram que sejam feitos estudos para uma política educacional específica para o Marajó, que difere, tanto social, como geográfico e economicamente das realidades verificadas no restante do país, assim como toda a Amazônia.
 
As demandas foram recebidas pelo Secretário de Educação Superior - SESu Dr. Paulo Speller e serão repassadas ao ministro Alozio Mercadante e aos técnicos do ministério. Estiveram também presentes na reunião, os deputados Miriquinho Batista (PT/PA), Nilson Pinto (PSDB/PA), Elcione Barbalho (PMDB/PA) e o senador Flexa Ribeiro (PSDB/PA), além de Consuelo Castro e Pedro Barbosa representantes da AMAM – Associação dos Municípios do Marajó.
  
 
Assessoria de Comunicação
Gabinete Dep. Arnaldo Jordy
(61) 3215-1376 / 8276-7807
 
 

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