Foto: Robson Gonçalves
Presidente da CPI, Jordy diz que depoente não revelou o que sabe
Do Portal PPS
Por William Passos
O presidente da CPI do Tráfico de Pessoas da Câmara, deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA), disse que a comissão se frustrou diante do depoimento do jornalista José Aparecido Metele de Matos. O profissional foi ouvido nesta terça-feira (17) por integrantes da comissão.
Matos é ex-namorado de uma das mães paulistas que adotoram crianças da cidade de Monte Santo, no sertão da Bahia. Em textos publicados em redes sociais, o jornalista chegou a afirmar que, durante o processo de divulgação do polêmico caso das adoções, várias instituições permaneceram ao lado daquilo que o profissional de imprensa classificou de “bandidos”.
Na CPI, o jornalista disse que estas instituições seriam o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a própria Comissão Parlamentar de Inquérito. O jornalista acusou o juiz Luiz Cappio, ex-titular da Comarca de Monte Santo e responsável pela revogação da guarda provisória concedida às famílias paulistas, de “interesses” pessoais no caso.
José Aparecido disse que a CPI tratou Cappio como “herói”, ao ouvi-lo em audiências públicas e foi prontamente respondido por Arnaldo Jordy: “Esta Casa está isenta, não há risco de tomar decisões midiáticas. Aqui nossas decisões são técnicas. Temos muita informação e vamos formar um conceito de forma imparcial. Parece-me que o senhor sabe de muita coisa, mas se calou”, afirmou o presidente do colegiado.
O deputado do PPS acrescentou que o depoente parece ter sido “calado por alguém”. Jordy também questionou o jornalista que não deu detalhes da afirmação que havia feito em redes sociais de que a intermediadora das adoções na Bahia, a empresária Carmen Topschall, não seria “a Madre Teresa de Calcutá”. Topschall é apontada como o elo entre as famílias paulistanas e Silvania Maria da Silva, mãe biológica das cinco crianças adotada. No depoimento aos deputados, José Aparecido nada acrescentou sobre as alegações.
Jordy disse que o caso de Monte Santo é emblemático para a CPI e que trabalha em conjunto com a Polícia Federal, Ministério Público e Judiciário para esclarecer o episódio.
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