terça-feira, 5 de novembro de 2013

Reunião discute ato de intervenção judicial em cooperativa de Serra Pelada

 
Do Amazônia Jornal
 
Membros da nova diretoria eleita este ano da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Comigasp), garimpeiros, deputados federais que acompanham o caso, o interventor Marcos Alexandre Mendes e membros do MPE fizeram uma reunião, na tarde de ontem, na sede do Ministério Público do Estado (MPE), em Belém, para discutir a intervenção na cooperativa.
 
Os garimpeiros querem o fim da intervenção na cooperativa, autorizada pela Justiça desde o dia 11 de outubro. A intervenção tem prazo de seis meses, que pode ser prorrogado pelo mesmo tempo. O MPE já verificou que R$ 54 milhões repassados por antecipação da mineradora para a Comigasp foram parar na conta pessoal de diretores e de laranjas. Uma série de medidas ficou acordada, como a entrada de uma ação penal contra todos os envolvidos no desvio, uma ação de indenização contra a Colossus, devido ao pagamento irregular, o levantamento geral das dívidas da Comigasp, uma vistoria nas empresas e nos empreendimentos, cumprimento da reintegração de posse de algumas terras para os garimpeiros, não prorrogação da intervenção e criação de uma comissão de controle do trabalho do interventor.
 
Uma das principais críticas dos garimpeiros é porque a nova diretoria, que tomou posse em setembro deste ano, não teria responsabilidade sobre as diversas denúncias de fraudes verificadas pelo MPE. "O Ministério Público não pode intervir porque em nenhum momento as denúncias se referem a nossa diretoria", disse o presidente eleito da Comigasp, Vitor Albarado.
  
O deputado federal Arnaldo Jordy (PPS) tenta conseguir assinaturas para abertura de uma CPI para investigar as irregularidades na extração de minério de Serra Pelada. "Qualquer intervenção no estado de direito é preciso se olhar com muita prudência. Os objetivos aqui são passar a limpo essa história do contrato da Comigasp com a Colossus. Esses homens e mulheres passaram a vida inteira nessa atividade e não receberam um centavo dos 54 milhões de reais pagos para a Comigasp.
 
Também rever esse contrato lesivo, na pior hipótese voltar a como era no início", afirmou. Além de Jordy, também estiveram presentes o deputado Wandencolk Gonçalves (PSDB/PA) e Domingos Dutra (Solidariedade/MA). A nova produção de ouro de Serra Pelada tem a previsão de 50 toneladas com lucro de R$5 bilhões.
 
 

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