quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Zero Hora: Jordy diz que depoimento de acusada de tráfico de crianças é essencial para CPI

 
Do Zero Hora 
   
Polícia Civil diz que irá rever os arquivos do caso

Os investigadores da 1ª DP de Cachoeirinha e do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) prometem revirar os arquivos e apurar possíveis elos entre a gaúcha sob suspeita na Bahia e o sumiço de Gabriel.
  
Depois de não comparecer a uma convocação da CPI do Tráfico de Pessoas na Câmara dos Deputados, Carmem Topschall teve a prisão preventiva solicitada e a determinação da sua "convocação coercitiva" a ser cumprida pela Polícia Federal até Brasília.
  
De acordo com o presidente da CPI, o deputado Arnaldo Jordy (PPS), do Pará, os interesses da comissão vão muito além dos casos revelados pelo Fantástico na Bahia.
  
– Conhecer o passado dessa mulher será fundamental. E vamos investigar isso, porque naqueles casos concretos da Bahia ela é peça-chave – afirmou ontem, por telefone, ao Diário Gaúcho.
  
Segundo o deputado, mesmo que a CPI ainda não tenha dados concretos sobre tráfico de crianças, a suspeita existe e ganha cada vez mais força.
  
– O depoimento dela é fundamental. Precisamos evitar que ela fuja ou saia do país – alertou o deputado.
  
O advogado Maurício Vasconcelos garante que a cliente continua em casa, em Pojuca, Região Metropolitana de Salvador, e que, até ontem, não havia recebido intimação judicial ou da Câmara dos Deputados.
  
 
 O desaparecimento
 
 
COMO FOI
 
 - Em 13 de novembro de 1999, Gabriel Guimarães Nogueira, cinco anos, deveria ter sido levado da casa da mãe, em Cachoeirinha, por uma tia para passar o feriado na casa da avó paterna, no bairro Passo do Hilário, em Gravataí.
- A tia disse que, ao acordar, não viu a criança e achou que a mãe ou outro parente havia passado na casa, pego Gabriel e o levado. Como a mãe tinha pouco contato com a ex-sogra, demorou a saber do ocorrido.
- O sumiço do menino só foi percebido e registrado na polícia no dia 16 de novembro.
- A investigação policial evoluiu pouco. Em 13 anos, não foi encontrado nenhum corpo ou pista concreta de que o menino esteja vivo – hoje, teria 18 anos.
 
 
O CASO CARMEM
 
 - Na década de 1990, Carmem Kieckhofer Topschall (foto), que morava no bairro Passo do Hilário, em Gravataí, mudou-se para a Alemanha e voltou casada com Bernhard Topschall.
- Nesse período, fez diversas viagens internacionais. Uma delas, em 1999.
- Em 2002, já de volta em definitivo e casada, Carmem teria entrado na Justiça pedindo a guarda de duas meninas, filhas de um parente seu de Gravataí. Queria levá-las para a Bahia, onde montaria um frigorífico, mas não conseguiu.
- Agora, Carmem é investigada pela Justiça baiana como principal intermediária de adoções suspeitas no Sertão. Seria peça-chave na retirada de crianças de famílias pobres em casos que se estenderam por toda a década passada.
  
 

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