Da Rádio Câmara
Por Wilson Silveira
Brasília/DF - A CPI do Tráfico de Pessoas ouviu nesta terça-feira dois depoimentos relacionados a denúncias de adoções ilegais e possível tráfico de crianças no interior da Bahia. Em ambos os casos, os acusados negaram qualquer irregularidade.
A advogada Lenora Todt Panzetti representa quatro famílias de São Paulo que obtiveram a guarda provisória de cinco crianças de Monte Santo. Segundo denúncia da Rede Globo, as crianças foram retiradas de casa sem chance de defesa dos pais. A guarda provisória foi revogada nesta terça-feira, mas a advogada disse que as famílias vão recorrer.
Lenora explicou que as crianças estavam abandonadas, eram vítimas de maus-tratos e foram afastadas de casa pela Justiça em processo regular, a pedido do Ministério Público. Disse também que a mais nova, que tinha dois meses, corria risco de morrer.
A advogada Lenora Todt Panzetti representa quatro famílias de São Paulo que obtiveram a guarda provisória de cinco crianças de Monte Santo. Segundo denúncia da Rede Globo, as crianças foram retiradas de casa sem chance de defesa dos pais. A guarda provisória foi revogada nesta terça-feira, mas a advogada disse que as famílias vão recorrer.
Lenora explicou que as crianças estavam abandonadas, eram vítimas de maus-tratos e foram afastadas de casa pela Justiça em processo regular, a pedido do Ministério Público. Disse também que a mais nova, que tinha dois meses, corria risco de morrer.
Na verdade o processo foi legítimo, foi legal. O processo de medida protetiva previsto no ECA concede à Justiça o dever, não só o direito, mas o dever de retirar as crianças numa situação de risco e abrigá-las. Como não há nem abrigo nem casa de passagem na região de Monte Santo, essas crianças foram encaminhadas para famílias substitutas."
O outro caso foi o da vereadora Maria Elizabete de Abreu Rosa, da cidade de Encruzilhada. Ela foi acusada pelo programa Conexão Repórter, do SBT, de participar de um esquema de venda de crianças pobres para famílias ricas.
O outro caso foi o da vereadora Maria Elizabete de Abreu Rosa, da cidade de Encruzilhada. Ela foi acusada pelo programa Conexão Repórter, do SBT, de participar de um esquema de venda de crianças pobres para famílias ricas.
Elizabete confirmou que indicou algumas famílias para adotar crianças, mas disse que as adoções foram legais. Ela garantiu que nunca procurou famílias, e sim que foi procurada em sua casa por mulheres que queriam doar os filhos, por falta de condições de criá-los. Segundo ela, isso é comum interior da Bahia.
A vereadora, que também é técnica em enfermagem de um posto de saúde, declarou que nunca recebeu nenhum centavo por indicar famílias para adoção e garantiu que jamais participaria de uma adoção ilegal, inclusive porque é evangélica.
Também negou ter prometido dinheiro para mães em troca de crianças ou ter aliciado mulheres grávidas, para que doassem seus filhos depois que nascessem. Questionada sobre as cenas mostradas na televisão que a mostram negociando adoções, ela disse que dois vereadores adversários simularam um flagrante para prejudicá-la.
O presidente da CPI, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), disse que nenhuma das duas depoentes o convenceu. "Há uma série de contradições, e nós não podemos concluir, sob o risco de estar precipitando um juízo de valor, e não é o nosso papel este, o nosso papel é buscar a verdade a qualquer preço".
O próximo passo da CPI em relação a esse caso será analisar os dados da quebra dos sigilos bancário e fiscal da vereadora, que ela mesma ofereceu.
A vereadora, que também é técnica em enfermagem de um posto de saúde, declarou que nunca recebeu nenhum centavo por indicar famílias para adoção e garantiu que jamais participaria de uma adoção ilegal, inclusive porque é evangélica.
Também negou ter prometido dinheiro para mães em troca de crianças ou ter aliciado mulheres grávidas, para que doassem seus filhos depois que nascessem. Questionada sobre as cenas mostradas na televisão que a mostram negociando adoções, ela disse que dois vereadores adversários simularam um flagrante para prejudicá-la.
O presidente da CPI, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), disse que nenhuma das duas depoentes o convenceu. "Há uma série de contradições, e nós não podemos concluir, sob o risco de estar precipitando um juízo de valor, e não é o nosso papel este, o nosso papel é buscar a verdade a qualquer preço".
O próximo passo da CPI em relação a esse caso será analisar os dados da quebra dos sigilos bancário e fiscal da vereadora, que ela mesma ofereceu.
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