terça-feira, 7 de junho de 2011

Jordy fala sobre a divisão do Pará à Voz do Brasil

Da Rádio Câmara
Reportagem Geórgia Moraes


LOC- O estado do Pará pode perder a maior parte de seu território a depender do resultado de plebiscito para criar mais duas unidades da Federação.

LOC- O Congresso Nacional autorizou consultas à população local para a possível criação dos estados do Tapajós e de Carajás.

LOC- A repórter Geórgia Moraes, jornalista da Rádio Câmara, tem mais informações sobre o plebiscito.

Geórgia Moraes: A população do Pará poderá opinar, ainda neste ano, sobre a divisão do Estado e a criação de duas novas unidades da federação: Tapajós e Carajás. Projeto que prevê a realização de plebiscito sobre a questão foi aprovado pelo Congresso. O Estado de Tapajós seria criado em uma área onde atualmente se situam 27 municípios na parte oeste do Pará. Carajás, por sua vez, ficaria no sul e sudeste do Estado, e reuniria 39 municípios. O deputado Giovanni Queiroz, do PDT do Pará, é um dos defensores da divisão do Estado. Ele cita exemplos desse tipo que na sua opinião deram certo.

Giovanni Queiroz: O exemplo do Tocantins e do Mato Grosso do Sul que foram os dois Estados mais recentemente criados e cujo sucesso foi extraordinário. Não só no ganho econômico, mas na inserção social, no ganho da população que ali estava e que pra lá migrou.

Geórgia Moraes: Já o deputado Arnaldo Jordy, do PPS do Pará, é contrário a ideia. Ele lembra que hoje o Pará apresenta um dos piores índices de desenvolvimento social do País.

Arnaldo Jordy: Quer dizer, nós vamos dividir exatamente a pobreza, nós vamos dividir a miséria, nós vamos dividir o subdesenvolvimento, e não creio que abrir mão da unidade política e territorial do Estado do Pará possa nos ajudar a romper essa fronteira da exclusão social e da marginalidade no processo de desenvolvimento nacional com um pacto federativo absolutamente disforme que não responde às necessidades regionais de forma equilibrada.

Geórgia Moraes: Pelo texto, o plebiscito deverá ser realizado em novembro, seis meses após a promulgação dos decretos legislativos. O Tribunal Regional do Pará, instruído pelo Tribunal Superior Eleitoral, será responsável pelo pleito. Dois meses após a proclamação do resultado do plebiscito, caso se aprove a criação de Tapajós e Carajás, a Assembleia Legislativa do Pará deverá submeter a medida aos deputados estaduais para então informar o resultado dessa consulta ao Congresso Nacional. De Brasília, Geórgia Moraes

Nenhum comentário: