O líder do PPS na Câmara, deputado Arnaldo Jordy (PA), elogiou, nesta segunda-feira (13), a postura do presidente Michel Temer que garante afastar ministro que, eventualmente, se tornar réu na operação Lava Jato.
Temer disse que “se houver denúncia, que é um conjunto de provas, que eventualmente pode levar ao acolhimento, o ministro denunciado será afastado provisoriamente. Se acolhida a denúncia e o ministro se transformar em réu o afastamento é definido”.
Para Jordy, a manifestação do presidente ocorre em boa hora e mostra que o governo federal pretende “tocar o barco” sem estar atrelado às eventuais decisões da força-tarefa da Lava Jato que, supostamente, possam atingir membros do alto escalão da República.
“O presidente acerta ao estabelecer este limite e, ao mesmo tempo, demonstra que não há tentativa do Palácio em blindar ministros da operação, que foi iniciada em 2014. É uma boa medida”, disse o líder do PPS.
Lobão
Por outro lado, Arnaldo Jordy criticou declaração dada, no último fim-de-semana, pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Edison Lobão (PMDB/MA). O senador afirmou que a anistia ao crime de caixa 2 é constitucional.
O parlamentar do PPS considera qualquer iniciativa neste sentido um retrocesso do ponto de vista ético para a política nacional e garante que, na Câmara, o seu partido não apoiará nenhuma manobra legislativa para atenuar crimes relacionados à não contabilização de recursos financeiros de campanha eleitoral.
“Estas iniciativas [perdão ao caixa 2] devem ser sepultadas de vez pelo Congresso Nacional”, encerrou Jordy.
Foto: Robson Gonçalves
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