Do Portal PPS
O líder do PPS na Câmara, deputado Arnaldo Jordy (PA), intensificou a articulação para tentar conseguir as 171 assinaturas necessárias para criar a CPI de Belo Monte. O movimento ocorre após a Polícia Federal deflagrar, nesta quinta-feira (16), a operação Leviatã. Foram cumpridos mandados de prisão em Belém, Brasília e Rio de Janeiro.
A operação é consequência de um inquérito que apura pagamento de propina de 1% do valor das obras de Belo Monte, no Pará, a dois partidos políticos. O dinheiro teria sido pago por parte das empresas do consórcio construtor.
“É imperioso que esta Casa crie uma comissão parlamentar de inquérito para aprofundar uma investigação que envolve o suposto pagamento de cerca de 150 milhões de reais. O que era um indício se converte em uma investigação ampla e que envolve esquema de corrupção para fazer uma das maiores obras do Brasil”, justificou Jordy.
O líder do PPS já conta com dezenas de assinaturas e esperar concluir o processo nos próximos dias para cobrar da Câmara a instalação da comissão parlamentar de inquérito.
Desde o anúncio da construção de Belo Monte, feito no governo passado, Arnaldo Jordy tem promovido audiências públicas para cobrar do consórcio responsável pela obra o cumprimento das condicionantes acordadas com o Ministério Público Federal.
No ano passado, o parlamentar do PPS solicitou formalmente ao Ibama que determinasse a suspensão das atividades da usina hidrelétrica, que foi erguida no Rio Xingu, por descumprimento destas exigências.
Histórico
A iniciativa de Arnaldo Jordy , em buscar assinaturas para propor a criação da CPI de Belo Monte, surgiu logo após a construtora Andrade Gutierrez ter assinado, em novembro do ano passado, acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), onde executivos e ex-executivos da empreiteira admitem a formação de um complô para participar do empreendimento.
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