O deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA) deu entrada na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, em pedido de audiência para debater o aliciamento, a exploração sexual e situações análogas à escravidão praticada contra crianças e adolescentes, por falsos olheiros de clubes de futebol.
A iniciativa do parlamentar deve-se aos recorrentes casos deste tipo de crime. Recentemente, onze garotos, entre 13 e 20 anos, aspirantes a jogadores de futebol de Breu Branco, interior do Pará, foram levados por um “olheiro” para São Paulo.
No entanto, Ronildo Borges de Souza era um aliciador, que tinha prometido levar os melhores deles para equipes paulistas, por R$ 1.000 por atleta, para os custos de viagem e estadia. Após ser preso, a polícia achou com Ronildo um kit de golpista futebolístico: um histórico escolar em branco da Secretaria de Educação de Ituporanga, no Pará, três certidões de nascimento em branco, seis carimbos de cartório – quatro com nomes de escrivães, um identificado como de um gestor escolar e outro de uma escola municipal de ensino fundamental. Material básico para falsificar a idade dos meninos e ludibriar clubes.
Ronildo foi acusado, no 48º Distrito Policial, de abuso sexual e de manter os garotos em condições análogas à escravidão. Cinco deles disseram à polícia terem sido estuprados por Ronildo.
“Esta rotina de mentiras, violência e exploração contra menores acontece todos os dias, nas mais diversas regiões”, afirmou Arnaldo Jordy, que pediu a audiência para discutir com representantes de entidades como CBF, Ministério Público Federal e Ministério Público Trabalho, providências e medidas preventivas que possam ser tomadas para que estas absurdas situações, em que pessoas inescrupulosas se valem do sonho de jovens e suas famílias para perpetrarem seus intuitos dantescos, não mais ocorram.
Por: Assessoria Parlamentar
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