terça-feira, 12 de julho de 2016

Belo Monte: Jordy cobra no Senado, responsabilidade por hospital fechado

     
  
O deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA) participou na tarde desta terça-feira (12), no Senado Federal, de audiência da subcomissão que acompanha as obras da hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira/PA, que é principal empreendimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ao custo de mais de 30 bilhões de reais, cujo funcionamento está em fase inicial, após anos de construção e de uma série de denúncias de corrupção.
   
A subcomissão debate a não entrega das condicionantes - um conjunto de obras e equipamentos públicos, previstos em contrato, que a Norte Energia, responsável pela construção de Belo Monte, deveria executar e entregar à população, como compensação pelos danos sociais e ambientais nas regiões e cidades no entorno da obra.
   
Uma das principais reclamações da comunidade é o hospital, obra concluída a 16 meses, mas que não foi ainda disponibilizado à população de Altamira, por haver uma série de impasses, como a falta de uma estrada de acesso, a definição de quem gerenciará o empreendimento e de onde virão os recursos para mantê-lo.
   
“Para a população, não importa se a competência é do município, do Estado ou da União, ela quer o hospital funcionando, atendendo as demandas que não são poucas, devido aos efeitos nocivos de uma explosão do fluxo migratório na região, que fez todos os índices de desenvolvimento humano recrudescerem”, afirmou o parlamentar, que ressaltou ainda que não se deve excluir a Norte Energia como co-responsável pelo hospital.
   
Arnaldo Jordy chamou a atenção novamente para o modelo de implementação defasado da obra, e de tantas outras na região Amazônia, “pois visa tão somente contemplar apenas as grandes indústrias, em detrimento das populações das áreas de influência destes grandes empreendimentos”.
   
Participaram da reunião, além de senadores, autoridades municipais e Estaduais, além de representantes dos movimentos sociais, da Norte Energia, como o presidente Duílio Diniz Figueiredo, bem como da Procuradora Federal em Altamira, Thais Santi Silva, que não descarta responsabilizar a empreiteira, o município e o Estado pela não funcionamento do hospital. 
    
  
Por: Assessoria Parlamentar
  
  

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