Do Portal PPS
O deputado Arnaldo Jordy (PA), vice-líder do PPS na Câmara, reagiu nesta quarta-feira (27) à mais uma manobra para salvar o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da cassação. Para ele, a ideia de partidários de Cunha de que o plenário da Casa só deva votar o processo depois da conclusão do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado tem como objetivo poupar o mandato do peemedebista.
Ele defendeu que o processo contra Eduardo Cunha seja pautado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), na volta do recesso parlamentar, no próximo mês de agosto. “O compromisso é votar rapidamente a cassação de Cunha. Este fantasma não pode mais ficar rondando os corredores desta Casa. Precisamos acabar com essa agonia. Cunha gerou prejuízos irreparáveis ao Parlamento e ao país”, afirmou Jordy.
De acordo com o comentarista de política da Globonews Valdo Cruz, a ideia é adiar o quanto puder a apreciação do processo para que a votação possa acontecer em outubro, quando o plenário da Casa estiver esvaziado, já que a maioria dos deputados estará cumprindo compromissos eleitorais nos estados.
Na avaliação do deputado, o “velório” do ex-presidente da Casa foi concluído com a acachapante derrota, por 48 a 12, do parecer, apresentado pelo deputado Ronaldo Fonseca (PROS/DF), que recomendava a volta do processo para o Conselho de Ética.
Arnaldo Jordy também criticou o argumento de que a cassação possa trazer instabilidade política ao governo Temer por causa das ameaças veladas de Cunha de que se perder o mandato poderá aderir à delação premiada. “Não acreditamos que o governo se sinta refém desta figura abjeta. Ele (Cunha) já está morto. Esta Casa precisa ter coragem para sepultar de vez este cadáver”, disse o parlamentar.
Foto: Robson Gonçalves
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