Do Portal PPS
O vice-líder do PPS na Câmara, deputado Arnaldo Jordy (PA), fez duras críticas à CPI do BNDES, órgão da qual é integrante, que derrotou por 15 votos a nove os pedidos de convocação de Wesley Batista, presidente global da JBS, e de Joesley Batista, outro sócio do frigorífico. Jordy é um dos autores das propostas rejeitadas para se ouvir os sócios do grupo.
A JBS, uma dos maiores doadores de campanha do Brasil, também é uma das maiores beneficiárias dos empréstimos concedidos pelo banco de fomento. A blindagem aos irmãos Batista, segundo Jordy, se deve a um acordão fechado na CPI pelo PMDB e PT.
“O que assistimos aqui é vergonhoso para esta CPI. Depois não querem que se crie suspeição para financiamentos privados de campanha. É preferível enterrar esta CPI a deixar estes personagens emblemáticos sem convocação”, disse.
A oposição, no entanto, conseguiu aprovar a convocação de Taiguara Rodrigues dos Santos, que é sobrinho de Lula, e que teria integrado comitiva de Lula em viagens à África e a Cuba, onde o banco estatal financiou obras de infraestrutura. O requerimento também é de autoria de Jordy.
Taiguara é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, o Lambari, amigo de Lula na juventude e irmão da primeira mulher do ex-presidente. Em 2012, uma das empresas do sobrinho do petista, a Exergia Brasil, foi contratada pela Odebrecht para trabalhar na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola. O acerto entre as partes foi formalizado no mesmo ano em que a Odebrecht conseguiu do BNDES um financiamento para realizar esse projeto na África.
Em uma sessão marcada por bate boca e tumulto, A CPI também aprovou a convocação do empresário Eike Batista e do executivo Dalton Avancini, ex-presidente da construtora Camargo Corrêa, um dos delatores da Operação Lava Jato, que apura a corrupção na Petrobras, a partir de um pedido feito pelo deputado, que é vice-líder do PPS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário