Do Portal PPS
A construção da usina de Belo Monte, os privilégios nos empréstimos do BNDES ao grupo JBS/Friboi e os financiamentos bilionários concedidos pelo Brasil a países como Angola são alguns dos temas que a CPI que investiga supostas irregularidades no maior banco de fomento da América Latina precisa aprofundar em seu trabalho de apuração. A opinião é do vice-líder do PPS, deputado Arnaldo Jordy (PA), que também é membro da comissão parlamentar de inquérito.
A declaração foi feita após reunião administrativa da CPI do BNDES, onde os parlamentares estabeleceram o cronograma das sessões para os próximos dias.
“Precisamos ouvir empreiteiros que estão sendo investigados pela Justiça no âmbito da operação Lava Jato e que, cujas empresas também obtiveram empréstimos subsidiados pelo governo, começam a ser revelados pela imprensa como operações com fortes suspeitas de irregularidades”, disse Jordy.
Um dos casos que o parlamentar do PPS defende que seja investigado pela CPI é o que foi revelado na última quarta-feira pelo Portal Fato Online. Matéria jornalística mostra que o BNDES financiou em 2007 obras milionárias em Angola. O detalhe é que antes mesmo de o empréstimo ser fechado, a construtora já havia sido escolhida pelo governo angolano.
Tratava-se da empreiteira Norberto Odebrecht – empresa cujos donos são muito próximos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ou seja, era uma operação casada: o dinheiro do financiamento do banco de fomento brasileiro já seguia para o país africano tendo como destinatário final a Odebrecht.
“Este caso de Angola é um dos que merecem a atenção da CPI”, disse o deputado em entrevista a jornalistas.
No calendário definido pelos deputados ficou agendada para a próxima semana o depoimento do ex-presidente da Camargo Correa, Dalton Avancini. E no dia 29 será a oitiva do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também presidiu o BNDES.
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