terça-feira, 27 de agosto de 2013

CPI do Tráfico de Pessoas quer informações do Facebook sobre adoções de crianças

 
Do Portal PPS
Por Roberto Emerich

 
O presidente da CPI do Tráfico de Pessoas na Câmara, deputado federal Arnaldo Jordy (PPS/PA), quer explicações da rede social Facebook sobre a demora na entrega de dados para serem utilizados em investigações judiciais relacionadas a adoções ilegais de crianças. Segundo o parlamentar, a demora no repasse das informações atrapalha consideravelmente a solução de crimes como o de tráfico de seres humanos. Jordy citou casos investigados pela Comissão onde crianças eram vendidas por meio da Internet.
 
O deputado apresentou, nesta terça-feira (27), requerimento para convidar o responsável pela rede social Facebook no Brasil para prestar esclarecimentos sobre a demora do envio de dados solicitados por autoridades brasileiras. Jordy destacou a importância da troca rápida de informações para a solução de crimes. Ele citou a atuação de uma rede criminosa que negociava pelo Facebook a venda de crianças que acabou desencadeando na prisão de uma mãe, no estado de Pernambuco, que oferecia o seu filho recém-nascido por R$ 50 mil.
   
“Estamos esperando informações do Facebook para o envio às autoridades do conteúdo de todos os frequentadores desta página que negociava crianças. Assim, a polícia e o ministério público poderão fazer um mapeamento, trilhar o caminho do crime e chegar aos criminosos. O contato com as redes sociais é um verdadeiro tabu e as investigações brasileiras muitas vezes viram reféns dessas instituições. Por esse motivo apresentei o requerimento. Para tentarmos identificar o problema e achar uma solução para a troca rápida de dados”, disse.
 
Sequestro Tocantins
 
A CPI também realizou audiência pública para debater o desaparecimento de uma criança, no atual estado do Tocantins, na década de oitenta. Jordy afirmou que existem fortes indícios de que o rapto contou com a conivência de autoridades públicas locais. Ele lembrou que o inquérito foi mal conduzido e contou com a ausência do Ministério Público como fiscal da lei. “Vimos hoje uma família que cobra explicações para o sumiço de uma criança, que hoje já é um adulto de 27 anos. A mãe não pode vivenciar os melhores momentos com o seu filho que inexplicavelmente sumiu da porta de casa próximo aos dois anos de idade. Nós estamos investigando e continuaremos a apuração cobrando, inclusive, providências das autoridades. Esse caso certamente ainda é possível de ser analisado”, defendeu.
 
 

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