Brasília/DF - O Diretor de Registro e Transferência da Confederação de Futebol – CBF, Luiz Gustavo Vieira de Castro foi ouvido em audiência pública na terça-feira (18) pela Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI da Câmara dos Deputados que investiga o tráfico de pessoas no Brasil.
Para o executivo, a Confederação não possui controle sobre as escolinhas de futebol. A CBF teria atuação apenas junto às federações estaduais de futebol. Porém, de acordo com o diretor, a CBF já atuaria contra o tráfico de pessoas, coibindo o envio de jogadores menores de idade para o exterior. A entidade possui uma lista com 18 exigências para que jogadores menores de idade recebam a transferência para clubes fora do país. Nas federações estariam registrados mais de 800 clubes profissionais e mais de 400 ligas. A CBF também teria certificado cerca de 20 clubes como Clubes Formadores.
Segundo Arnaldo Jordy (MD/PA) que preside a CPI, “os casos recorrentes de menores seduzidos pelo sonho de se tornarem jogadores profissionais, tem se transformado em pesadelo com a atuação de olheiros e escolinhas de futebol que se aproveitam da situação de vulnerabilidade social destes jovens para os explorarem sexualmente”. Para o parlamentar, a vontade de se tornarem atletas ricos e famosos, faz com que famílias deixem por vezes seus filhos nas mãos de pessoas inidôneas, daí a discussão para que haja um controle sobre estas escolinhas pelo país.
Para os parlamentares da CPI há a necessidade da criação de mecanismos para que olheiros e escolinhas de futebol -, muitas sem o registro de pessoa jurídica -, não atuem de forma irregular, mas mesmo assim sendo terceirizados ou até mesmo quarteirizados pelos clubes - o que não os exime de responsabilidades em caso de crimes, como aconteceu recentemente com a Portuguesa Paulista, condenada pela justiça em caso de exploração sexual de jovens aspirantes a jogadores por um olheiro ligado a agremiação.
Foi sugerido ainda na reunião que a CBF oriente federações e clubes quanto ao cadastramento e acompanhamento de olheiros e que escolinhas de futebol operem de forma legal e de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei Pelé. E que a confederação faça campanhas pedagógicas nacionais acerca do tema, para que os jovens e suas famílias não sejam vítimas da exploração de traficantes de pessoas.
Assessoria de Comunicação
Gabinete Dep. Arnaldo Jordy
(61) 3215-1376 / 8276-7807
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