Brasília/DF - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Federal que investiga o tráfico de pessoas no país ouviu na manhã desta terça-feira (18) Reginaldo Pinheiro dos Anjos, acusado de abuso sexual de adolescentes que buscam a carreira de jogadores de futebol.
Reginaldo está preso desde março em um presídio em Aracajú e foi escoltado até o Distrito Federal para esclarecer aos parlamentares os motivos que levaram à sua prisão. Ele foi acusado de assédio sexual por garotos supostamente agenciados por ele para clubes de futebol de Sergipe. Para tanto, o acusado mantinha na capital sergipana um pequeno apartamento, onde hospedaria até 14 garotos oriundos de vários Estados, na faixa de 14 e 17, cobrando cerca de 150 a 400 reais de seus pais, para alimentação e transporte, enquanto apresentava os meninos em clubes da região, onde treinavam e esperavam ser contratados. Segundo o conselho tutelar, que fez o resgate dos adolescentes, o apartamento não oferecia condições adequadas de moradia para os menores.
O acusado, que há 10 anos atuaria como olheiro de clubes do nordeste, se defendeu afirmando que as denúncias de que teria molestado os adolescentes foi vingança de um dos rapazes, pois o denunciou pelo roubo de um celular. Quanto às alegações de maus tratos, ele retrucou dizendo que possui testemunhas que comprovariam que não faltavam alimentos e nem limpeza no apartamento. Segundo ele, “as denúncias são um absurdo, pois nunca seria capaz dos atos que me acusam”. Apesar de ser olheiro por dez anos, Reginaldo afirmou que até hoje só teria revelado um jogador e que acumularia altas dívidas.
Questionado pelo presidente da CPI, deputado Arnaldo Jordy (MD/PA) acerca da grande quantidade de remédios – entre sedativos “tarja preta” e ampolas de injeções – apreendidos em seu apartamento, Reginaldo afirmou que seriam de uso próprio, pois seria diabético. Segundo o parlamentar, “a suspeita, baseada inclusive nas denúncias dos adolescentes, é que Reginaldo, que também é chamado de doutor, doparia suas vítimas, antes de assediá-las”. Para Jordy, o acusado estabeleceu um esquema quase perfeito, onde manteria o apartamento com o dinheiro enviado pelos pais de suas possíveis vítimas, que eram indicados por olheiros de outros estados, como Goiás e São Paulo.
O deputado Luiz Couto (PT/PB), vice-presidente da Comissão, sugeriu que a CPI convidasse a delegada encarregada pelo caso e o coordenador do Conselho Tutelar, responsável por parte das denúncias, para que tragam mais informações sobre o esquema montado por Reginaldo.
Recentemente a CPI ouviu representantes da Portuguesa Paulista, também envolvidos e condenados em caso de exploração sexual de menores por supostos olheiros, que teriam sido terceirizados e até quarteirizados pelo clube. O objetivo da Comissão, é fazer o levantamento de casos que configuram tráfico humano no país, para em seu relatório final, propor uma legislação capaz de coibir e punir com mais eficácia casos como o relatado.
Reginaldo está preso desde março em um presídio em Aracajú e foi escoltado até o Distrito Federal para esclarecer aos parlamentares os motivos que levaram à sua prisão. Ele foi acusado de assédio sexual por garotos supostamente agenciados por ele para clubes de futebol de Sergipe. Para tanto, o acusado mantinha na capital sergipana um pequeno apartamento, onde hospedaria até 14 garotos oriundos de vários Estados, na faixa de 14 e 17, cobrando cerca de 150 a 400 reais de seus pais, para alimentação e transporte, enquanto apresentava os meninos em clubes da região, onde treinavam e esperavam ser contratados. Segundo o conselho tutelar, que fez o resgate dos adolescentes, o apartamento não oferecia condições adequadas de moradia para os menores.
O acusado, que há 10 anos atuaria como olheiro de clubes do nordeste, se defendeu afirmando que as denúncias de que teria molestado os adolescentes foi vingança de um dos rapazes, pois o denunciou pelo roubo de um celular. Quanto às alegações de maus tratos, ele retrucou dizendo que possui testemunhas que comprovariam que não faltavam alimentos e nem limpeza no apartamento. Segundo ele, “as denúncias são um absurdo, pois nunca seria capaz dos atos que me acusam”. Apesar de ser olheiro por dez anos, Reginaldo afirmou que até hoje só teria revelado um jogador e que acumularia altas dívidas.
Questionado pelo presidente da CPI, deputado Arnaldo Jordy (MD/PA) acerca da grande quantidade de remédios – entre sedativos “tarja preta” e ampolas de injeções – apreendidos em seu apartamento, Reginaldo afirmou que seriam de uso próprio, pois seria diabético. Segundo o parlamentar, “a suspeita, baseada inclusive nas denúncias dos adolescentes, é que Reginaldo, que também é chamado de doutor, doparia suas vítimas, antes de assediá-las”. Para Jordy, o acusado estabeleceu um esquema quase perfeito, onde manteria o apartamento com o dinheiro enviado pelos pais de suas possíveis vítimas, que eram indicados por olheiros de outros estados, como Goiás e São Paulo.
O deputado Luiz Couto (PT/PB), vice-presidente da Comissão, sugeriu que a CPI convidasse a delegada encarregada pelo caso e o coordenador do Conselho Tutelar, responsável por parte das denúncias, para que tragam mais informações sobre o esquema montado por Reginaldo.
Recentemente a CPI ouviu representantes da Portuguesa Paulista, também envolvidos e condenados em caso de exploração sexual de menores por supostos olheiros, que teriam sido terceirizados e até quarteirizados pelo clube. O objetivo da Comissão, é fazer o levantamento de casos que configuram tráfico humano no país, para em seu relatório final, propor uma legislação capaz de coibir e punir com mais eficácia casos como o relatado.
Assessoria de Comunicação
Gabinete Dep. Arnaldo Jordy
(61) 3215-1376 / 8276-7807
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