quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Ossadas da Guerrilha do Araguaia: deputado busca informações sobre processo de análise

   
O deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA) deu entrada na mesa da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (6), de um requerimento de informações dirigido ao Ministério da Justiça, acerca do processo de análise das ossadas dos mortos na chamada Guerrilha do Araguaia, que ocorreu no sul do Pará no início dos anos 70.
  
O parlamentar oficiou ao Ministro da Justiça, Eduardo Cardoso, para saber como anda o processo de análise, já que parentes dos desaparecidos políticos esperam há anos pelos resultados do trabalho de busca e identificação dos restos mortais. Somente 7 corpos foram identificados desde 1990, quando valas e cemitérios clandestinos começaram a ser identificados. Antes desta data algumas ossadas foram identificadas, entretanto não existem registros.
    
Conforme dados da Comissão de Familiares de Mortos de Desaparecidos, 25 ossadas do Araguaia estão hoje em Brasília, à espera de exame dos peritos; cerca de 1.000 ossadas extraídas em 1990 da Vala de Perus estão armazenadas no cemitério do Araçá, em São Paulo.
  
Segundo Arnaldo Jordy, é importante que a sociedade saiba qual providencia estão sendo tomadas para que as ossadas sejam identificadas, bem como quais as dificuldades que estão sendo encontradas neste processo, pois “até que sejam identificadas e entregues aos parentes para que tenham enfim devido descanso, familiares aguardam angustiados há mais de 30 anos”, afirmou. Jordy solicitou uma previsão para que os laudos que estão em análise possam ser divulgados.
     
A última vez que um desaparecido político foi identificado foi em julho de 2009, seu nome é Bergson Gurjão Farias, que lutou na Guerrilha do Araguaia e teve o corpo localizado em 2006, no cemitério de Chambioá. A Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos diz de dos 400 mortos por agentes do regime, cerca de 150 foram considerados desaparecidos, isto é, o corpo nunca foi entregue aos familiares.
    
A Guerrilha do Araguaia foi um movimento político do começo da década de 70, que surgiu para enfrentar a ditadura militar. Desde 1991, a comissão de Mortos e Desaparecidos da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), em seguidas expedições, procura os corpos de 64 guerrilheiros desaparecidos. Agora, em vez de 25 ossadas, oficialmente são 23 sob sua tutela, guardados numa sala-cofre do Hospital Universitário da Universidade de Brasília.
  
 
Assessoria de Comunicação
Gabinete Dep. Arnaldo Jordy
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