sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos pede retirada de embaixador brasileiro da Síria

 

Do Portal PPS
Por William Passos

O vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado federal Arnaldo Jordy (PPS/PA), enviará, nesta sexta-feira (24), pedido ao Ministério das Relações Exteriores sugerindo que o governo brasileiro retire da Síria o embaixador Edgard Antonio Casciano, lotado em Damasco. A solicitação será feita por meio de um requerimento de indicação, que é um instrumento de que dispõe o Legislativo para sugerir a outro poder a adoção de providências.
 
Para o parlamentar, esta seria uma forma de mais um país da comunidade internacional pressionar e isolar o ditador sírio Bashar al-Sad, acusado de cometer graves violações aos direitos humanos em ações contra a oposição ao seu governo.
 
Num documento, elaborado pela ONU e sob a coordenação do brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, o ditador seria o responsável diretamente por promover "amplas, sistemáticas e graves violações de direitos humanos, que se constituem em crimes contra a Humanidade".
 
“A situação na Síria é gravíssima e tende a piorar. Nesse sentido, o Brasil, por ter tradição na defesa dos direitos humanos precisa empreender ações firmes no caso em questão. E uma destas medidas é chamar de volta o seu embaixador”, disse o deputado brasileiro. Países do Golfo Pérsico, os Estados Unidos, a França, a Itália, a Inglaterra e, mais recentemente, o Egito, já chamaram de volta seus embaixadores que serviam na capital síria.

O Requerimento de Indicação será protocolado no fim da tarde de hoje na Secretaria Geral da Mesa da Câmara dos Deputados.
 
Acompanhamento da situação 
No ano passado, o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), em documento semelhante, pediu à diplomacia brasileira que adotasse um posicionamento firme em relação à repressão promovida por Bashar al-Sad contra a população civil da Síria.

“O que buscamos sugerir por meio da indicação nada mais é que uma posição mais veemente, clara, protagonista e firme do Brasil, tanto no seu relacionamento bilateral com a Síria como nas discussões e votações na ONU, e de acordo com sua tradição diplomática, de defesa dos direitos humanos”, disse Bueno à época.
 
 

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