terça-feira, 25 de abril de 2017

Arnaldo Jordy: Senado corre contra o tempo para intimidar a Lava Jato

  
   
Do Portal PPS
  
O líder do PPS na Câmara, deputado Arnaldo Jordy (PA), demonstrou nesta terça-feira (25) preocupação com o avanço do projeto, no Senado Federal, que trata do abuso de autoridade. Após um pedido de vista, a matéria pode voltar à pauta e ser votada esta semana.
   
Para membros do Judiciário e do Ministério Público, o relatório do senador Roberto Requião (PMDB/PR) constitui verdadeira vingança contra a força-tarefa que investiga o esquema de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato.
  
“Com exceções de pouquíssimos partidos, entre eles o PPS, as demais forças políticas no Senado correm contra o tempo para tentar impor um freio e, assim, intimidar a Lava Jato, ao articularem a “toque de caixa” a aprovação do projeto sobre abuso de autoridade”, disse Jordy.
   
O relatório de Requião é o único item da pauta da CCJ. O texto que ele apresentará é um substitutivo a um projeto, originalmente, apresentado pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que é investigado no âmbito da Lava Jato e réu no Supremo Tribunal Federal por desvio de dinheiro público. O peemedebista também é alvo de uma dezena de inquéritos na Corte.
   
Limitações
     
Arnaldo Jordy também classificou como estranhas as manifestações de promotores e procuradores que defenderam a aprovação de resolução do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) que poderia prejudicar os trabalhos da Lava Jato.
   
A proposta limita o número de procuradores que uma unidade do Ministério Público pode ceder para uma investigação de outra unidade. A força-tarefa da Lava Jato conta com especialistas do Ministério Público de todo o país.
   
“Esta resolução causa muita estranheza, já que parece haver a articulação de “forças ocultas” que veem nesta resolução uma alternativa para afetar o andamento dos trabalhos da operação que é referência mundial na investigação de crimes de corrupção envolvendo altas autoridades”, disse o líder do PPS.
   
A tramitação da resolução está suspensa temporariamente, após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedir vista para analisar melhor a matéria.
   
A resolução fixaria em 10% a quantidade de procuradores que uma unidade do MP poderia ceder. Quando Janot pediu vista, a votação estava em 8 a 1 a favor do texto. O total de conselheiros que votam é 10.
  

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