Durante Comissão Geral, realizada pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira (22), o deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA) cobrou da Casa a aprovação de projetos que instituam políticas alternativas para os negros no Brasil.
“Nós temos ainda uma herança a cumprir na agenda democrática brasileira, que é no sentido de eliminar todos os resquícios ainda desses 200 anos ou mais de escravização que houve no Brasil. Essa agenda está inconclusa. Existem pelo menos 11 projetos que estão mais ou menos pacificados do ponto de vista do entendimento. Eles já passaram por diversas Comissões, já foram abrigados e reconhecidos na Comissão de Constituição e Justiça, e não vêm para a pauta”, defendeu o parlamentar.
Na opinião do deputado do PPS, é preciso que haja um reconhecimento da sociedade brasileira de que o preconceito, o racismo, a discriminação, o tratamento diferenciado ainda é uma pecha marcante, triste e dantesca da realidade nacional.
“Nós temos todos os indicadores, aqui já foram ditos, nas universidades, na escolaridade, nas penitenciárias, no mercado de trabalho, nos parlamentos em geral, esses dados estão expressados. São estatísticas incontestáveis”, disse
Jordy citou ainda trecho do mapa da violência, divulgado recentemente, que mostra que há maior probabilidade de uma pessoa afrodescendente ser assassinada no País.
No período que foi analisado, 2015 e 2016, foi registrado um crescimento de 18,2% na taxa de homicídios de negros e pardos, enquanto houve uma redução de 14,6% na taxa de pessoas brancas, amarelas e indígenas.
“Acho que, se pelo menos votarmos os projetos que têm consenso, vamos dar grande contribuição a esta agenda com a participação do Legislativo brasileiro a essa causa”, finalizou Arnaldo Jordy.
Foto: Robson Gonçalves
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