segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sespa orienta a população sobre combate ao abuso sexual infanto-juvenil

Da Ascom/Sespa

O deputado Arnaldo Jordy ressaltou que a sociedade
 deve se unir contra a violência sexual que
 atinge crianças e adolescentes

Os vários tipos de violência contra crianças e adolescentes, suas causas, meios de prevenção e consequências, foram debatidos na quarta-feira (18), data instituída como Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, em evento promovido pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio das coordenações Saúde da Criança e Saúde do Adolescente. Participaram autoridades e representantes de organizações que apoiam crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual. O objetivo foi sensibilizar a população para a necessidade de enfrentamento desses crimes.

No Pará, 80% dos crimes sexuais contra crianças e adolescentes são praticados por pessoas da própria família das vítimas. Estas, em muitos casos, têm idade inferior a seis anos. Em Belém, os bairros do Benguí, Guamá e Tapanã, e o Distrito de Icoaraci, apresentam a maior incidência de crimes dessa natureza. Fora da capital, os municípios que mais registram casos de violência sexual infanto-juvenil são Marituba, Abaetetuba, Ananindeua e Barcarena.   

Segundo o deputado federal Arnaldo Jordy, relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da pedofilia no Pará, é preciso que a sociedade se comprometa a intensificar a prevenção e o combate a esses crimes. “É preciso que haja ações permanentes de prevenção, de orientação e, principalmente, notificações sobre os casos de pedofilia. Para isso, precisamos do apoio de todos, pois o maior desafio é sensibilizar a sociedade, que não tem noção da gravidade dessa tragédia sobre um ser que, na maioria das vezes, é indefeso”, afirmou o parlamentar.

Ele também destacou que a impunidade é uma das maiores dificuldades para combater a violência sexual, e reiterou a importância do monitoramento pela sociedade dos processos judiciais dos envolvidos em casos de pedofilia. “Precisamos ser mais pragmáticos para quebrar este ciclo de impunidade, e estar atentos para cobrar e acompanhar os inquéritos judiciais dos acusados”, completou o deputado.   

Polos Pró-Paz - Entre as ações de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes no Pará, previstas para os municípios de Castanhal, Santarém, Altamira, Marabá e Breves, estão as implantações de polos do programa Pró-Paz e do serviço de atenção integrada, que oferecerá assistência exclusivamente para crianças e adolescentes vítimas de violência sexual.

A coordenadora do Pró-Paz Integrado, Eugênia Fonseca, frisou a necessidade da participação de todos para garantir os direitos das crianças vítimas de abuso sexual. “Nossas crianças estão tendo seus direitos violados. Vamos trabalhar em conjunto com as áreas de saúde e educação para melhorar o mundo dessas crianças, vítimas desse crime cruel”, disse ela.    

A cogestora da Sespa, Terezinha Cordeiro, reafirmou o compromisso da Secretaria com o combate à violência contra crianças e adolescentes. “A gestão atual já está comprometida com essa luta, e vamos trazer mais adeptos. Sabemos que não basta só boa vontade, mas sim nos vermos como operadores de direitos. Vamos unir as áreas de saúde, educação, assistência social e outras afins, para sensibilizarmos a população sobre a necessidade de rompermos esse ciclo de violência e garantir uma vida digna para essas crianças”, finalizou.

A programação prosseguiu durante todo o dia, nos principais shoppings de Belém, com a distribuição de panfletos contendo orientações sobre formas de prevenção e enfrentamento do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes no Estado.

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