Da Agência Câmara
Por Luiz Gustavo Xavier
Participantes de audiência pública da Comissão do Esporte criticaram, nesta quarta-feira (11), a falta de apoio do poder público a modalidades esportivas tipicamente nacionais. A Constituição garante o fomento, pelo Estado, de práticas desportivas formais e não-formais, com destaque à proteção e ao incentivo às manifestações desportivas de criação nacional. Porém, segundo os debatedores, isso não acontece.
O presidente da Comissão Atlética Brasileira de MMA, Rafael Favetti, destacou que a legislação desportiva brasileira tem como foco o futebol. "A lei Pelé (Lei 9.615/98), a grande lei do sistema desportivo, tem os dois olhos em um tipo de esporte, que é futebol, o que acaba dificultando todos os outros esportes”, afirmou.
Favetti avaliou também que, quando o poder público não dá a devida atenção aos esportes genuinamente nacionais, nossa cultura se empobrece. “Quanto menos atenção damos aos esportes de criação nacional, mais perdemos o controle sobre a cultura brasileira.”
Jogadora de futevôlei, Lana Miranda afirmou que o texto constitucional não é cumprido e defendeu mais incentivo às práticas desportivas de criação brasileira. "Há grande importância ao futebol e aos esportes mais consagrados; os esportes genuinamente brasileiros são deixados de lado."
O deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA), que presidiu o debate no colegiado, defendeu que a Câmara faça seu papel para ajudar o fomento dessas práticas. "Esse é o desafio: regulamentar na Comissão de Esporte mecanismos para dar um pouco mais de protagonismo e ver a possibilidade de patrocínio e apoio material."
Já o deputado João Derly (Rede-RS), que solicitou o debate, também defendeu a importância de debater formas de proteger e criar incentivos para essas manifestações desportivas de criação nacional.
Foto: Cleia Viana
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