quinta-feira, 13 de julho de 2017

Na CCJ, Jordy afirma que denúncia contra Temer não é ilação fantasiosa

  
        
Do Portal PPS
  
O líder do PPS na Câmara, deputado federal Arnaldo Jordy (PA), afirmou nesta quinta-feira (13) que a denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer é robusta o suficiente para que a Câmara autorize a análise do caso pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na avaliação do parlamentar, cabe a Câmara votar pela admissibilidade e deixar que a mais alta Corte do país julgue o processo contra o peemedebista.
  
“Os indícios, os eventos e as circunstâncias são de gravidade imensa e não ilações fantasiosas. As perícias no áudio da conversa de Temer com o empresário Joesley Batista, da JBS, desmontam a alegação inicial da defesa de que houve edição. A denúncia do procurador geral da República é robusta e é tradição dessa Casa autorizar investigações. Precisamos ir a fundo nessa denúncia com essa Casa autorizando a análise do caso pelo Supremo Tribunal Federal”, afirmou Jordy na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara que deve votar ainda hoje se recomenda ou não a continuidade do processo. O caso ainda será analisado pelo plenário da Casa.
  
O deputado lembrou ainda que o papel da Câmara é apenas analisar a admissibilidade da denúncia. “Não estamos aqui fazendo nenhum julgamento e não vamos decidir pela condenação de quem quer que seja. O nosso juízo aqui é apenas de admissibilidade política. Quem vai fazer o julgamento é a Suprema Corte brasileira. Ela é que vai decidir se aceita a denúncia e torna o presidente réu. E não há nenhum grau de suspeita de que essa Corte esteja com predisposição de condenar o presidente”, ponderou o líder do PPS.
  
Em discurso em que apontou vários elementos que justificam a continuidade do processo contra o presidente Michel Temer, Jordy avaliou que o áudio gravado por Joesley mostra claramente o presidente participando de um conluio criminoso, inclusive para silenciar um condenado, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
  
Ao rebater as alegações de que no áudio não há nenhuma prova de que a mala de R$ 500 mil recebida de um emissário da JBS pelo ex-secretário especial da Presidência, Rodrigo Rocha Loures, tinha como destino o presidente Temer, o líder do PPS disse que todos os indícios apontam para isso e que será papel do STF e não da Câmara decidir sobre esse ponto.
  
Jordy argumentou ainda que as alegações de Temer seguem a mesma linha da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado ontem a 9 anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá. “Os argumentos são muito semelhantes. Os dois alegam que não há, na acusação, materialidade do crime”, comparou o parlamentar.
  
Para Jordy, a Câmara precisa autorizar o andamento do processo para que o caso seja analisado a fundo. “É uma oportunidade para que o presidente esclareça de uma vez por todas esse caso e possamos retomar os trabalhos para recuperar nossa economia”, resumiu o parlamentar.
  
  
Foto: Robson Gonçalves
  
 

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