O líder do PPS, deputado federal Arnaldo Jordy (PA), foi à tribuna da Câmara Federal na última quinta-feira (13) para protestar contra a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, de reduzir o número de zonas eleitorais em todo o País.
“Dezoitos municípios do estado do Pará, cuja a distância menor para o próximo município é de mais de 4 horas de barco, estarão desprovidos da única zona eleitoral para que as pessoas possam exercer seu direito de cidadania”, alertou.
Para Jordy, o olhar distorcido das autoridades e das instituições do Planalto em relação ao conjunto do Brasil não compreende que na Amazônia isto vai representar um grande impacto para sua população. “Diante da distância na escala e dimensão territorial que tem o estado do Pará, o que o TSE está fazendo é simplesmente um crime de cidadania contra a população do estado”, lamentou.
O deputado faz um apelo para que os ministros revejam a decisão. “Nós estamos regredindo, ao contrário do que acontece no resto do mundo, com essa decisão de simplesmente amputar o exercício da democracia naquilo que lhe é mais caro, que é o exercício do voto como expressão máxima da democracia representativa do país”, finalizou.
Economia
Segundo o TSE, o rezoneamento tem como objetivos aprimorar o trabalho e economizar gastos com as zonas eleitorais, com foco na qualidade do atendimento ao eleitor. A medida extinguirá pelo menos 72 zonas eleitorais somente nas capitais, com uma economia de mais de R$ 1 milhão por mês e cerca de R$ 13 milhões ao ano.
Para o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, "o objetivo maior seria de ajustar as distorções no quantitativo de eleitores em zonas eleitorais e racionalizar custos em um cenário de fragilidade econômica do país".
Foto: Robson Gonçalves
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