sexta-feira, 10 de junho de 2016

Nos negócios do futebol não há transparência, diz Jordy

    
  
Do Portal PPS
  
Membro da CPI da Máfia do Futebol da Câmara, o deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA) criticou a gestão do esporte mais popular no país.
  
Foi durante o depoimento, no colegiado, do empresário Kléber Leite, dono da empresa de marketing esportivo Klefer. A empresa foi alvo de operação da Polícia Federal em maio do ano passado e é suspeita de ter feito negócios ilegais com a Traffic, de José Hawilla que, assim como o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, cumpre prisão domiciliar nos Estados Unidos.
  
“Não temos transparência na gestão dos eventos esportivos. Há uma relação de desconfiança por causa das espertezas que ocorrem em geral nestes negócios sejam nos grandes eventos ou nos pequenos. A maioria destes grandes eventos gera grandes escândalos de ordem policial”, disse Jordy.
  
O vice-líder do PPS perguntou a Kleber Leite se a empresa dele teve algum envolvimento nos negócios investigados por autoridades policiais dos Estados Unidos. Leite, que já foi presidente do Clube de Regatas Flamengo, negou participação nas operações suspeitas.
  
Ao final, Arnaldo Jordy sugeriu à CPI que requisitasse à Justiça Federal cópia de decisão que bloqueou contas bancárias da empresa do cartola. O pedido foi atendido pela presidência da CPI. O bloqueio das contas da empresa durou três meses.
  
Envolvimento
  
O ex-presidente do Flamengo é sócio da Klefer Marketing Esportivo, que detém um contrato de R$ 128 milhões com a CBF em torno da exploração da Copa do Brasil entre 2015 e 2022. 
  
O contrato passou a ser investigado pelo FBI, a polícia federal norte-americana, depois que o empresário José Hawilla, preso nos Estados Unidos por envolvimento no escândalo da Fifa, denunciou o pagamento de propina para o acordo contratual. Hawilla é dono da Traffic, empresa que detinha direitos sobre a Copa do Brasil até 2014 e sobre importantes competições sul-americanas. Hawilla já foi condenado por fraude bancária.
  
Em maio do ano passado, a sede da Klefer, no Rio de Janeiro, foi alvo de operação da Polícia Federal e do Ministério Público, a pedido da Justiça dos Estados Unidos. 
   
    
Foto: Robson Gonçalves
  
  

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