O deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA) integrou uma comissão de deputados federais da região Norte que se reuniu com representantes dos trabalhadores e com o presidente dos Correios, Guilherme Campos Júnior, nesta quarta-feira (15), na Câmara Federal. O grupo discutiu o plano de reestruturação da estatal, que estaria afetando os serviços na região.
Representantes dos servidores, alertam para a precarização do serviço à população caso essa reestruturação se concretize. De acordo com o sindicato dos servidores, as diretorias regionais dos estados do Amapá, Acre e Roraima seriam extintas, submetendo os processos de atendimento, operacionais, comerciais, administrativos e de gestão à Diretoria Regional do Pará.
“Com a nova estrutura, os serviços postais e bancários serão ofertados em apenas 14 agências em todo o Amapá, ou seja, haverá municípios do estado que não serão atendidos pelos referidos serviços”, afirmou a deputada Janete Capiberibe (PSB/AP). O Amapá conta hoje com 28 agências em todos os 16 municípios e nos distritos do Bailique e Lourenço.
Arnaldo Jordy, destacou vários pontos preocupantes da proposta de reestruturação, como a política de franquias, que não deve substituir a política de expansão da empresa, além do esvaziamento e desvalorização das regionais.
O parlamentar também alertou que a reestruturação não deve penalizar a população, já que nos rincões do país, a agência dos Correios por vezes é única presença governamental, tendo um papel social. “Enquanto temos agência dos Correios em Santana do Araguaia, fechada há mais de um ano, a população que precisa se deslocar mais de 300 km para ser atendida, não compreende quando a empresa patrocina com milhões, eventos como o Rock in Rio. É uma distorção”, afirmou Jordy.
Chamou atenção também dos parlamentares, as transferências de lucro da empresa para o tesouro nacional, pratica recorrente que teria iniciado em 2009, e que estaria “fora do razoável”, afirmaram.
Guilherme Campos Júnior, que assumiu a presidência dos Correios há uma semana, se comprometeu que, em 20 dias, apresentará aos parlamentares e trabalhadores, uma radiografia da situação empresa e de outras questões levantadas, como da participação dos funcionários nas receitas e de mudanças no plano de saúde. O executivo também reclamou da defasagem nas tarifas cobradas pela empresa.
Por: Assessoria Parlamentar
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