A nova Copa Verde, ampliada para inclusão de clubes pelo ranking da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), deverá fazer jus ao nome, passando a incluir uma série de ações de cunho socioambiental, com novos patrocinadores interessados nessa vertente de marketing, e a participação de craques dos principais clubes da competição, tais como Remo e Paysandu, em ações de divulgação para o bem do ambiente. É o que propõe o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS/PA), que coordena o projeto e foi porta voz da apresentação à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), durante reunião na quinta-feira, 17.
Participaram da reunião representantes das Federações de Futebol do Pará, Amapá e Acre, o presidente do Paysandu Sport Clube, Alberto Maia; o diretor do Clube do Remo André Cavalcante; o presidente interino da CBF, o deputado Marcus Vicente, presidente interino da CBF, o vice-presidente Antônio Carlos Nunes, e o secretário-geral da entidade máxima do futebol brasileiro, Walter Feldman, um entusiasta dessa transformação da Copa Verde, cujo projeto, aliás, surgiu de uma ideia de um jornalista de O Liberal, o colunista de esportes Carlos Ferreira, em conversa com Jordy, durante audiência da Comissão de Esportes da Câmara dos Deputados em Belém, em agosto deste ano.
Catadores de material reciclável e até mesmo as torcidas organizadas, hoje relegadas à marginalidade, devem ser incluídas em atividades de cunho ambiental, bem como estudantes de escolas públicas, em ações de conscientização, como concurso de frases sobre o meio ambiente, para divulgação nos estádios.
"Queremos dar significado à Copa Verde", diz Jordy, sobre ações ambientais como a troca de ingressos por material reciclável, atividade que pode envolver tanto os catadores, quanto as torcidas organizadas, num incentivo à conscientização sobre a coleta seletiva de lixo. A opção de trocar, por exemplo, garrafas pet por ingressos, por atrair patrocinadores como a Coca-Cola, que poderia reaproveitar esse material reciclável, e reforçar sua presença na Amazônia em termos de marketing, já que possui fábrica e Manaus (AM), e tem no Pará um grande mercado consumidor.
Outras grandes empresas instaladas na região também poderão atender ao apelo de patrocinar uma Copa com as cores da Amazônia e voltada para a sustentabilidade. Com isso, a Copa Verde teria um incremento de sua receita, que hoje é ínfima se comparada com a Copa do Nordeste, por exemplo. Os ganhos dos clubes participantes da Copa Verde também seriam multiplicados em grandes ações de marketing ambiental, que ecoariam nas suas torcidas.
"Remo e Paysandu estão entre os clubes que mais dão renda em todo o Brasil com suas torcidas", considera Jordy, que considera no projeto a capitalização desse potencial em favor dos próprios clubes. O reforço da marca Copa Verde também seria aproveitado pelos clubes, com o licenciamento de produtos associados às marcas de Remo e Paysandu.
O projeto ainda será discutido com o poder público, e uma reunião com representantes dos governos dos Estados que estão na Copa Verde deverá ser realizada a 13 de janeiro. A ideia é reforçar o apoio institucional à Copa Verde, bem como ampliar ainda mais a competição, dos atuais 18 para até 24 clubes, tornando-a cada vez mais uma grande e rentável competição.
Por: Assessoria Parlamentar