Brasília/DF - A Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Federal que investiga o tráfico de pessoas no país aprovou nesta quarta-feira (11) requerimentos do deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA) que objetivam ouvir acusados de tráfico internacional e autoridades policiais responsáveis por investigações.
O requerimento de número 220 prevê o convite para que seja ouvido na comissão, o delegado da polícia civil paulista, Luiz Carlos Ratto Tempestini, para esclarecer fatos sobre a operação Garina, que desbaratou uma quadrilha que atua no tráfico internacional de mulheres para o exterior. Nesta mesma operação, foi preso Wellington Edward, membro de um grupo de pagode de nome Desejo, no qual possui o nome artístico de Latyno, e que seria, de acordo com as investigações, o chefe da quadrilha no Brasil. O esquema teria levado cerca de 700 mulheres para Europa e África, num esquema internacional de exploração sexual que movimentou aproximadamente US$ 45 milhões nos últimos seis anos. Wellington também será ouvido pela CPI, de acordo com o requerimento 221.
Segundo o Ministério Público Federal, a organização criminosa levava as brasileiras para Portugal, África do Sul, Áustria e Angola. Neste último país, o grupo teria o comando de Bento dos Santos Kangamba – que é general e parente do presidente angolano. A CPI enviará ofício para a embaixada de Angola pedindo esclarecimentos sobre a situação.
“Talvez, tenhamos aqui um dos maiores esquemas já descobertos em território brasileiro, com ramificações no exterior, o que exigirá das autoridades brasileiras, incluindo a CPI, a máxima investigação para descobrir se há, eventualmente, outras conexões desta organização criminosa”, justificou Arnaldo Jordy, que preside a Comissão.
Tristes estatísticas
“Talvez, tenhamos aqui um dos maiores esquemas já descobertos em território brasileiro, com ramificações no exterior, o que exigirá das autoridades brasileiras, incluindo a CPI, a máxima investigação para descobrir se há, eventualmente, outras conexões desta organização criminosa”, justificou Arnaldo Jordy, que preside a Comissão.
Tristes estatísticas
De acordo com a Organização das Nações Unidas, o tráfico de pessoas para exploração sexual é a terceira maior fonte de renda ilegal no mundo, após o tráfico de drogas e armas, movimentando em torno de 32 bilhões de dólares por ano. Estima-se que, por ano, quase um milhão de pessoas são traficadas, das quais 98% são mulheres. O Brasil lidera o vergonhoso ranking dos maiores exportadores de mulheres, com 85 mil vítimas.
Assessoria de Comunicação
Gabinete Dep. Arnaldo Jordy
(61) 3215-1376 / 8276-7807
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