Por André Borges
BRASÍLIA - A Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara que investiga o tráfico de pessoas convocou os responsáveis pelo consórcio Energia Saudável do Brasil (ESBR) e a construtora Camargo Corrêa para se manifestarem sobre as acusações de maus tratos e tráfico de pessoas envolvendo trabalhadores da hidrelétrica de Jirau, em construção no rio Madeira, em Porto Velho (RO).
O presidente da CPI, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), autor dos requerimentos, quer que a comissão investigue suspeitas do recrutamento ilegal de trabalhadores, principalmente no Nordeste do país, o que configuraria tráfico humano. Segundo as denúncias que chegaram à comissão, pessoas que atuam como “gatos” estariam aliciando trabalhadores na região e cobrando deles percentuais para conseguirem emprego nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Foram convocados Dalton dos Santos Avancini, da Camargo Corrêa, e Victor Paranhos, que lidera o consórcio ESBR. Paralelamente, um convite foi enviado ao advogado que faz a defesa de contratados pelo consórcio. A audiência está prevista para ocorrer no dia 7 de agosto, após o recesso parlamentar.
A CPI também vai apurar denúncias de tortura e coação supostamente sofridas por trabalhadores dentro do canteiro de obras das usinas hidrelétricas. Segundo trabalhadores que estiveram recentemente na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, a violência envolveria até a Polícia Civil de Rondônia.
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