Brasília/DF - Uma audiência realizada no Ministério de Minas e Energia nesta terça-feira (29) serviu para definir ações visando que as obras e estruturas compensatórias pela construção de Belo Monte, na volta grande do Rio Xingú, no Pará, sejam efetivadas. Participaram da audiência o Ministro Edison Lobão, Carlos Nascimento, presidente da Norte Energia - Consórcio de Empreiteiras de Belo Monte, a prefeita de Altamira Odileia Sampaio, com boa parte de seu secretariado e o deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA), proponente da reunião.
A região de influência da obra da hidrelétrica atinge 11 municípios do interior do Pará, centralizada em Altamira, cuja prefeitura havia sido apontada pelo Ministério como um dos fatores de atrasos nas obras de estruturação da cidade para receber milhares de trabalhadores e suas famílias nos próximos anos, tais como sistema de saúde, de saneamento, de transporte, escolar e de segurança. A prefeita esclareceu para o Ministro que as informações eram contraditórias, e que desde o início do processo de implantação da obra, a prefeitura estaria no apoio ao projeto.
Ante as informações da prefeita, o Ministro Edison Lobão reviu seu posicionamento e foi enfático em declarar que o governo buscaria garantir que todas as infraestruturas necessárias para que a implantação da mega-hidrelétrica seja realizada, permitindo que a população usufrua dos benefícios resultantes.
Para o deputado Arnaldo Jordy, não só obras condicionantes devem ser realizadas, mas também projetos estruturantes para toda a região, garantindo um crescimento econômico e social para uma comunidade historicamente preterida, onde os piores indicadores sociais são observados. "Devemos nos preocupar não só com as obras que devem garantir a infraestrutura das cidades atingidas pelas obras da usina, mas também em garantir um desenvolvimento em longo prazo, com hospitais, escolas técnicas e cursos superiores, por exemplo", necessários segundo o parlamentar, para consolidar a região como um pólo de desenvolvimento sustentável. Para o deputado do Pará é importante que não se repita o modelo aplicado em grandes outras obras no país, como aconteceu em Itaipu e Tucuruí, onde a população ficou à margem do desenvolvimento.
Segundo Carlos Nascimento, que preside o consórcio de empreiteiras de Belo Monte, a Norte Energia, as arestas com a prefeitura de Altamira foram aparadas, e garantiu para o Ministro que as infraestruturas necessárias serão produzidas, como as casas, que deverão sanar o problema de moradia que Altamira já enfrenta. "Em oito meses devemos entregar as casas previstas para o projeto", garantiu o executivo.
Arnaldo Jordy finalizou a reunião levantando a preocupação quanto à qualificação de mão de obra local, possibilitando com que os moradores locais tenham a possibilidade de trabalhar na construção da usina. Ele relatou uma reunião no Ministério do Trabalho, há duas semanas, onde recebeu a informação que nada havia neste sentido naquela pasta. "Devemos garantir estes treinamentos para que aconteça a geração de renda para os moradores das cidades ao redor da obra", afirmou o parlamentar. Carlos Nascimento, da Norte Energia, informou que cerca de 66% dos trabalhadores da região serão aproveitados, sendo 18% deste de mulheres.
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Gabinete Dep. Arnaldo Jordy
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