segunda-feira, 11 de setembro de 2017

As instituições saem fortalecidas com a prisão de Joesley, diz Arnaldo Jordy

     
    
Do Portal PPS
  
O líder do PPS na Câmara, deputado Arnaldo Jordy (PA), disse nesta segunda-feira (11) que as instituições brasileiras saem fortalecidas com a prisão dos executivos da J&F Joesley Batista e Ricardo Saud, no domingo (10) passado. A prisão temporária foi decretada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato, a pedido do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, que investiga se os dois delatores omitiram informações durante o acordo de delação premiada.
   
Gravação que foi divulgada na mídia mostra os empresários tramando uma forma de enganar a Justiça para obter os benefícios da delação.
  
Na avaliação de Jordy, os executivos caíram na própria “armadilha” ao pensar que podiam enganar o Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal. “Joesley se achava muito esperto e pensava que poderia colocar no chão os poderes da República, como ele sugere na gravação”, afirmou.
  
O parlamentar disse que a Operação Lava Jato também sai fortalecida com a denúncia da Procuradoria-Geral da República ao STF que envolve os senadores Edison Lobão (MA), Jader Barbalho (PA), Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO) e os ex-senadores José Sarney (AP) e Sérgio Machado (CE) em suposta organização criminosa.
  
Geddel
  
Outro episódio considerado importante para o líder foi prisão de Geddel Vieira Lima, que voltou, na semana passada, para o Presídio da Papuda, em Brasília, depois que a Polícia Federal apreendeu, em um apartamento em Salvador (BA), mais de R$ 50 milhões que diz pertencer ao ex-ministro de Lula e Temer.
  
“Resta saber se essa dinheirama não pertence, na verdade, ao esquema do PMDB, já que Geddel foi apontado naquela gravação da conversa entre Temer e Joesley como operador de um dos esquemas de propina do partido. E depois que ele foi preso, o trabalho passou a ser feito por Rodrigo Rocha Loures, considerado o ‘homem da mala’ ”, argumentou.
  
Jordy também chamou atenção para os possíveis desdobramentos que poderão acontecer a partir da delação Lúcio Funaro, que segundo as investigações é apontado como operador financeiro do PMDB.
  
Palocci
  
Na opinião do deputado paraense, o depoimento-bomba de Antonio Palocci, ex-ministro dos governos do PT, foi outro acontecimento que mostra que as instituições estão funcionando.
  
Palocci era considerado um dos quatro coringas da República, junto com Lula, José Dirceu e Dilma. “Ainda não foi delação, mas as revelações tão minuciosas agravam bastante a situação de Dilma e de Lula. Palocci deixou claro que o ex-presidente sabia de tudo e comandou o grande esquema de corrupção que dilapidou a Petrobras”, avaliou.
  
Após uma semana que aconteceram tantos fatos importantes, Arnaldo Jordy disse ainda que “o Brasil do bem, dos cidadãos que estão enojados com tanta corrupção, se enaltece com a Operação Lava Jato”.
  
  
Foto: Robson Gonçalves
  
  

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