terça-feira, 22 de agosto de 2017

Gilmar Mendes está se excedendo no cargo, diz líder do PPS

     
  
Do Portal PPS
   
O líder do PPS na Câmara, deputado federal Arnaldo Jordy (PA), afirmou nesta terça-feira que o ministro Gilmar Mendes está se excedendo como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) devido as suas frequentes intromissões no meio político. Ele também vem sendo criticado por sentenças favoráveis a pessoas com quem mantém relação.
  
Na semana passada, Gilmar Mendes mandou soltar o empresário Jacob Barata Filho, preso em julho na Operação Ponto Final, que foi desdobramento da Lava-Jato. Mendes foi padrinho de casamento da filha de Barata. Além disso, a esposa do ministro, Guiomar Mendes, atua em um escritório de advocacia que representa empresas diretamente relacionadas ao empresário.
   
“O ministro está se excedendo, extrapolando suas funções. Tem tomado atitudes incompatíveis com a postura e a cautela que deve ter um ministro da Suprema Corte, que precisa atuar de forma mais moderadora. Não é por acaso que sua imparcialidade é frequentemente questionada pelo Ministério Público e também por grande parte da sociedade”, afirmou o líder do PPS.
   
O caso envolvendo Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira levou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a pedir ao STF, na última segunda-feira (21), que declare a suspeição do ministro Gilmar Mendes no processo do empresário.
  
Arnaldo Jordy lembra ainda que outro caso rumoroso envolvendo o ministro Gilmar Mendes aconteceu no decorrer do julgamento do processo da chapa Dilma/Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido por ele. Na ocasião, Gilmar Mendes conseguiu construir uma maioria para evitar a cassação da chapa e manter o presidente Michel Temer na Presidência da República.
   
“Depois desse episódio o ministro Gilmar Mendes passou a manter uma série de encontros fora da agenda com o presidente Temer e pelo que observamos se tornou um dos principais conselheiros do Palácio do Planalto. Como vários integrantes do governo, inclusive o presidente, são alvos da Lava Jato, existem questionamentos sobre o teor desses frequentes encontros”, disse o parlamentar.
  
Para o líder do PPS, Gilmar Mendes tem dado muitas declarações infelizes a ponto de, em plena crise econômica e em um país com déficit crescente, considerar insuficiente um fundo público de R$ 3,6 bilhões para financiar campanhas eleitorais.
  
“O ministro precisa decidir se quer ser juiz ou político. Na verdade, Gilmar Mendes se transformou no maior ‘pitaqueiro’ da República e não se furta em se intrometer, e até influir, em assuntos do Executivo e do Legislativo. Isso não é bom para a figura de um magistrado”, resumiu Jordy.
  
    
Foto: Robson Gonçalves
   
  

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