O deputado Arnaldo Jordy participará de Ato que marcará o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, neste sábado. Desta feita, ele concedeu entrevista à Voz do Brasil sobre o tema, que pode ser lido abaixo ou ouvido através da Rádio Câmara - http://trunc.it/javzc
Assessoria de Comunicação
LOC- Parlamentares vão participar dos atos contra o trabalho escravo, marcados para este sábado.
LOC- A repórter Keila Santana, jornalista da Rádio Câmara, tem mais informações sobre os eventos do dia.
LOC- A repórter Keila Santana, jornalista da Rádio Câmara, tem mais informações sobre os eventos do dia.
Keila Santana: Cobranças para aprovação da proposta de emenda à Constituição, chamada PEC do Trabalho Escravo, fazem parte das mobilizações e debates que marcam a semana de combate ao trabalho escravo, que entra na terceira edição, quando entidades públicas e organizações civis cobram o fim da exploração da mão-de-obra, principalmente na área rural do país. A data de 28 de janeiro foi escolhida como o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo depois que 3 auditores fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho foram assassinados em uma blitz no interior de Minas Gerais. A PEC do Trabalho Escravo foi aprovada no Senado em 2001, mas ainda está na Câmara dos Deputados aguardando a votação em segundo turno pelo Plenário. O deputado Arnaldo Jordy, do PPS do Pará, critica a demora em concluir a votação da proposta e afirma que os casos de exploração do trabalho em condições análogas à escravidão desqualifica a imagem do Brasil.
Arnaldo Jordy: No Brasil do século 21, nós ainda estamos devendo essa obviedade à sociedade, que é penalizar aqueles que insistem na relação laboral e trabalhista ainda com práticas de 2 a 3 séculos passados.
Keila Santana: O Ministério do Trabalho divulgou um balanço de 2011 onde os fiscais libertaram mais de duas mil pessoas em condições de escravidão em empresas e fazendas pelo país. O Supremo Tribunal Federal deve julgar neste primeiro semestre uma ação da Confederação Nacional da Agricultura contra a lista suja do trabalho escravo, divulgada periodicamente pelo Ministério do Trabalho. O deputado Valdir Colatto, do PMDB catarinense, integra a bancada ruralista e reclama da definição do conceito de trabalho escravo. Colatto defende uma reformulação das leis trabalhistas no campo e afirma que muitas vezes o fiscal enquadra mal algumas peculiaridades do trabalho rural.
Valdir Colatto: Se um fiscal do ministério do trabalho pegar um agricultor tomando água num copo de metal, copo coletivo como é costume no campo, e não em copo de papel, ele é enquadrado como análogo ao trabalho escravo. O trabalho do campo é diferenciado da cidade, não há como você implantar essa legislação urbana na área rural.
Keila Santana: Entre as atividades previstas para marcar o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo estão manifestações exigindo o julgamento dos envolvidos na "Chacina de Unaí", como ficou conhecido o assassinato dos fiscais do trabalho. Cinco acusados de participar da execução permanecem presos provisoriamente e quatro réus já condenados estão em liberdade, beneficiados por habeas corpus. De Brasília, Keila Santana.
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